segunda-feira, 20 de maio de 2013

Enxoval nos EUA X no Brasil

PARTE III - Sugestões gerais sobre o que trazer dos EUA para o seu enxoval.



Gente, por motivos de doença em TODOS os membros da família, essa postagem vai demorar só um pouquinho... Durante a semana, com todo remédio que a amamentação me permitir, venho contar das coisinhas que são mais baratinhas por lá e das que não vale a pena, economicamente falando...

Família é isso aí, um dia em pé, um dia todos de cama!

Beijocas!

domingo, 12 de maio de 2013

Enxoval nos EUA X no Brasil



PARTE II - O famigerado carrinho de bebê!


Tenho o hábito de escolher primeiro a má notícia. Daí porque estamos falando do carrinho e do canguru (Parte I) e futuramente, da babá eletrônica, antes dos itens básicos de um enxoval... Depois que escrever sobre esses itens complicados, a mamãe que lê essa postagem achará todo o resto muito fácil...

Começo contando que atualmente,cheguei ao número recorde de 5 carrinhos em 2 filhos. Caiu o queixo? Acredite, paguei menos do que muita gente que adquiriu apenas um. Nada contra, eu fiz apenas uma escolha adaptada à minha realidade, que é a regra básica para quem faz um enxoval (para o tema, ler o post "Comprando para o segundo bebê: dissecando as famigeradas listas de enxoval" - e nesse momento percebo como eu curto a palavra "famigerada"! :D).

E assim, pedindo desculpas por não ter conseguido antecipar a parte II, como prometido - com filho em crise alérgica respiratória, mãe esquece as calças, imagina o blog! - estreio o título 1.

1. Todo carrinho, assim como o enxoval, é uma escolha sobre a sua própria vida.


Parece filosofia de botequim, mas se a mãe não parte dessa máxima quando faz suas compras, além de comprar coisas desnecessárias -  o que inevitavelmente acontecerá, pois ninguém tem bola de cristal para saber como será a vida do bebê no primeiro ano - ela sentirá culpa por ter comprado coisas que não usou. Não existe, assim, a lista perfeita, o enxoval todo usado exaustivamente pela mãe e pelo bebê...

Quando se está fazendo o enxoval em seu próprio país, a melhor solução é ir com calma, comprar apenas o essencial e testar aos poucos alguns itens. Mas comprando fora, algumas coisas precisam ser antecipadas, pois o preço muitas vezes BEM mais acessível compensa eventual pouco uso que se faça da peça.

A solução, assim, é pensar BEM antes de começar a escolher os itens. A Carol, do blog Bebê com Estilo, montou um questionário (eu adorei a ideia!) sobre aquilo que você espera do seu carrinho. Vou reproduzir aqui as perguntas que ela fez:
"Para escolher o tipo que será mais apropriado para você, deve-se levar em consideração alguns pontos:
Qual a idade do bebê? Recém nascido ou maior que um ano?
Quanto vc quer pagar?
Você anda mais a pé ou de carro?
Pretende caminhar ou correr com o bebê no carrinho?
Precisa de um carrinho para terrenos regulares ou não, como grama, terra, etc?
Tem mais filhos pequenos? Quer leva-los juntos no mesmo carrinho ou ter um step (um apoio onde a outra criança vai em pé)?
O carrinho tem compatibilidade com o bebê conforto? (altamente recomendável para recém nascidos).
A barra de direção ajusta  a altura?
Qual o tamanho e o peso do carrinho? Não se esqueça de checar e comparar estas informações!
É fácil para fechar e abrir? O ideal é ver na prática.
O assento é reversível? Permite que o bebê vá olhando para a mãe e olhando para a rua?
O assento reclina bem?
Tem espaço embaixo para sacolas/compras?
É fácil de manejar, gira bem?"
Daí imaginemos que a mãe deseja todos os itens postos nas perguntas em um mesmo carrinho... Não encontrará. Aí é que está o problema dos carrinhos. Não existe o carrinho perfeito. Simplesmente o carrinho perfeito para mim pode não ser o perfeito para você. O perfeito para mim pode não ser perfeito para o meu marido, ou até mesmo para o meu bebê, e mesmo achando ele perfeito, posso acabar concluindo que ele não é perfeito para o meu modo de vida.

Ademais, como disse bem a Shirley do blog Macetes de Mãe, em postagem cuja leitura recomendo demais, o problema é que não dá para o fabricante de carrinhos conciliar duas coisas que são totalmente antagônicas: se o carrinho é super confortável, espaçoso, dificilmente será leve.

Como resolver esse dilema?

Priorize. Anote da lista de perguntas aquilo que considera essencial para o seu modo de vida. E acrescente essas: 
  • A partir de que idade da criança você REALMENTE sairá de casa (acredite, é muito difícil sair com eles antes dos 3 meses!)?
  • Você terá pessoas por perto dispostas (as vezes ansiosas) para pegar o bebê no colo?
  • Pretende viajar com o bebê? Viagens de avião ou de carro?
  • Qual é o tamanho do porta-malas do seu carro?
  • Quando você for fechar o carrinho, haverá sempre alguém ao seu lado, ou você acredita que estará algumas vezes sozinha com o bebê?
  • Você já tem um primeiro filho? Ele aceita sentar no carrinho, ou é avesso a ele?
  • Seu filho dormirá no carrinho? Em que momentos? Em casa? Nos passeios?
Quando você descobrir mais ou menos qual é o seu perfil e qual seriam os itens do carrinho que são primordiais ao seu modo de vida e quais você poderia contornar, passe para o item 2.

2. Passeando pelos diferentes modelos e características.


Os carrinhos de bebê parecem uma coisa simples (meu primeiro carrinho, que chamo carinhosamente de "trambolhão", foi comprado pela cor charmosa verde-musgo, porque a vendedora me disse que aquele era o melhor e porque minha amiga comprou um igual...), mas não são. Falar em carrinhos de bebê é entrar em uma série complexa de características e categorias de fazer qualquer mãe de primeira viagem PIRAR.

Excluídas as "subcategorias" (cada fabricante acha belo criar mais uma...), os carrinhos são basicamente divididos em:
  1. Carrinhos de passeio: "guarda-chuva"/Lightweight/Umbrella. É preciso cuidado porque muitos fabricantes de trambolhões chamam seu monstrinhos de carrinhos de "passeio"... Basta estar atento ao peso do produto (eles são bem mais leves) e ao fechamento (chamado "pantográfico", mas eu ficaria atenta a palavra "guarda-chuva", que é a pedra de toque dos carrinhos verdadeiramente de passeio). Muito reclinam bem o assento, mas normalmente o recline faz o peso do carrinho subir... É preciso avaliar bem.
  2. Carrinhos tradicionais ou full size: são as Ferraris dos carrinhos, confortáveis, com bastante recline e acessórios. Normalmente fecham como uma folha de papel sendo "dobrada" ao meio. Normalmente têm muito conforto, mas são pesados e grandes.
  3. Carrinhos Jogging: são a novidade de uns 5 anos para cá. Eles têm 3 rodas, normalmente PNEUS. São carrinhos indicados para terrenos muito acidentados, ou para corridas com o bebê. Muitos não fecham, ou fecham muito mal. A maioria reclina pouco.
  4. Carrinhos duplos ou triplos: normalmente indicados para gêmeos, mas têm sido muito usados por quem tem dois filhos. Já existem carrinhos específicos para mães com filhos em idades diferentes.
Atreladas às categorias temos duas vantagens que são associadas aos carrinhos: os travel systems, que nada mais é do que o carrinho já vendido com o bebê conforto da mesma marca, que pode ser atrelado a ele de diferentes formas. A vantagem de montar um Travel System são duas: 1, o bebê fica mais confortável no bebê conforto nos primeiros meses, e muitos carrinhos não podem ser usados por bebês com menos de 6 meses, normalmente por conta do recline. 2, é bem prático tirar o bebê conforto do carro e simplesmente colocar ele sobre o carrinho, sem precisar soltar o bebê de um deles para prender no outro.

a) Alguns Travel Systems e exemplos de carrinhos mais tradicionais.



Esse é o Graco FastAction Fold Sport Click Connect - parecem ser jogging, mas acredito que seja só esportivo. O fechamento dele é interessante, conforme foto... 


Esse é outro Graco, o FastAction Fold Classic Conect, bem parecido usado como Travel System na terceira foto, e apenas com o bebê conforto nas duas primeiras, em duas posições. Esses carrinhos são vantajosos porque nos primeiros meses, a mãe apenas carrega a estrutura e o bebê conforto, usando o assento do carrinho apenas com o bebê mais velho. Mas antes que seus olhos brilhem, registro que o sistema todo não é leve..
Também o FastAction Fold Classic Conect. Você puxa a alça do assento e o carrinho se desmonta fácil. Isso é bem prático, mas observem como é preciso estar atento: o anúncio diz "lightweight", mas ele pesa 10,5 kg! O sorriso da moça deve ser de força para segurar ele e o bebê...

Esse é o jogging da Graco, o Graco FastAction Fold Jogger Click Connect. 


Ele também funciona como Travel System e a vantagem do ClickConnect é que o bebê conforto é realmente preso ao carrinho pelo sistema LATCH...
O fechamento também é o FastAction Fold. Mas olha o peso:  16,33 kg! Somando-se os 9 kg desse bebê da foto  - haja malhação, hein, mamãe? Santo jogging!

Outra forma de apresentação do carrinho é a estrutura metálica "descolável" do assento, ou até vendida sozinha, para que se encaixe apenas o bebê conforto na estrutura, como variação do Travel System. A vantagem dessa apresentação é que a estrutura sozinha pesa de 5 a 7 kg, e os bebês confortos vão de 3,5 a 6 kg nos EUA. Desse modo, ao invés de levar o bebê conforto (essencial para o transporte do bebê) E o carrinho, leva-se apenas a estrutura. O único senão da estrutura sem assento é o tempo de uso: o bebê conforto é usado apenas até os 12 meses. Mas pode ser uma forma interessante de utilizar, já que depois de um ano o bebê pode ser passado para um carrinho lightweight. As estruturas custam em média 100 a 120 dólares, e um carrinho lightweight para a fase 1 a 3 anos custa entre 50 e 150 dólares.

Estrutura metálica da Graco para bebê conforto: Graco SnugRider Infant.

A versão da Chicco: Chicco Keyfit Caddy

Esse é o carrinho Pliko Switch, da Pég Pérego. A grande vantagem do Pliko é certamente o fechamento, estilo guarda-chuva. É um carrinho bem confortável, quase semelhante aos tradicionais. Na versão Switch do Pliko é possível tirar o assento completamente, e encaixar apenas o bebê conforto. Os carrinhos Pég Pérego são difíceis de serem encontrados nos EUA, mas facilmente na Europa. O carrinho Pliko Switch, com o assento, pesa 12,7 kg, suporta até 20 kg e custa em média 400 dólares.

Se carregar peso, pagar caro ou falta de espaço para guardar o carrinho não são problemas para você, sugiro que olhe muitos carrinhos interessantes que são a "bola da vez" entre as mamães que fazem enxoval fora. Não vou me estender muito neles porque são muitos reviews sobre eles em outros blogs, basta procurar... Esses são os principais carrinhos tradicionais procurados pelas mães brasileiras nos EUA, hoje, além dos que já citei acima:



Esse é o modular system do Pliko Switch. É simplesmente um sonho de consumo! Custa 1.000 dólares o system completo ou 2.500 reais no Brasil. É preciso saber onde guardar todos os acessórios enquanto não estiver usando. Fora isso, é sempre um espetáculo ver esse vídeo...!

Esse é o Orbit Baby G2. Outro espetáculo da tecnologia! O carrinho completo, com o bebê conforto da mesma marca custa 1.218 dólares na Toys. Segundo o site o bebê conforto sem a base pesa 7 kg segundo o site da Toys e 9 segundo o Amazon., e o carrinho, 11.8 kg.


O famoso Quinny Buzz, o preferido das mães que vão fazer enxoval em Miami! Ele dobra mal, mas tem uma cobertura bem macia. Custa 549 dólares, pesa 12,25 kg e suporta até 22 kg. É compatível com todos os bebê confortos da Maxi Cosi, assim como todos os carrinhos Quinny.


Book, da Peg Pérego. Essa versão não tem a vantagem do fechamento pantográfico como o Pliko, mas parece ser mais confortável. Tem também a versão Plus, bem parecida com o Pliko Switch, compatível com o moisés Navetta e com o bebê conforto. Não consigo postar o vídeo do Plus, mas é só assistir clicando aqui.  O Plus custa 500 dólares e o Book comum custa 400, na Toys. O Book tem 9 kg e suporta até 25 kg, e a versão Plus pesa 10 kg, suportando até 22 kg.


O Strokke Xplory é a menina da vez depois do Quinny Buzz. Ele tem uma característica fantástica, a altura: se você encostar o carrinho em uma mesa, a criança fica na altura correta. Ele parece um lightweight, mas pesa 12,3 kg, suportando até 20 kg.

b) Os carrinhos-passeio ou Lightweight.



Dentre os carrinhos de passeio as opções são muitas. Vou apenas listar o que deve ser observado neles ao comprá-los:
  • Sempre olhe o peso do carrinho. Ainda que se apresente como passeio ou lightweight, muitos pesam o mesmo que os tradicionais! Fique de olho na descrição do produto ou na caixa/manual.
  • É sempre bom ter uma "capota" (canoply) grande, mas a maioria deles não têm. Se o modelo que você gostou tiver a cobertura curta, recomendo comprar uma "sunshade" ou "rayshade", que é uma cobertura pro sol. Leva-se no cesto do carrinho e tudo bem.
  • O que o carrinho de passeio não tem pode ser recuperado com acessórios avulsos.
  • SEMPRE adote o fechamento pantográfico "guarda-chuva" nos carrinhos de passeio. Esse carrinho deve lhe acompanhar por mais tempo, e a praticidade dele é tudo. Depois que as crianças andam, eles querem alternar entre o carrinho e caminhadas, e eventualmente você precisará carregar o carrinho por um tempo.
  • Outra coisa a observar é até que idade seu filho usará. Alguns carrinhos suportam até 30 kg, enquanto outros, mesmo indicando 15 kg, ficam apertados mais rápido. Se comprar pela internet, olhe fotos de consumidores; se for comprar na loja, peça ao filho de um cliente para sentar nele.
Os carrinhos leves eu ainda divido em: MUITO leves e leves. Os muito leves têm 5 kg ou menos, mas normalmente não reclinam ou reclinam pouco. Os leves têm entre 6 e 8 kg e reclinam bem.
Dentre os 
Esse é o Chicco Liteway, um carrinho que selecionei dentre os muitos de passeio existentes com 5 posições de recline.  Como podem ver, tem bom recline, pesa 6,8 kg, suporta crianças até 18 kg, e fecha como um guarda-chuva. Custa 140 dólares nos EUA
Chicco Liteway Plus: excelente ideia! A versão PLUS, lançada a pouco tempo, tem o mesmo peso, mas vem com um sistema para adaptar o bebê conforto Chicco a ele, transformando-se em um travel system com carrinho lightweight! Custa 180 dólares.

O MacLaren Quest é muito bem recebido. É uma versão melhorada do carrinho do Heitor, que adoro. Tem 4 posições de recline, as laterais fechadas, e um bom cesto porta-objetos. Pesa 6 kg e suporta até 35 kg. Custa de 240 a 270 dólares.

Esse é o primo pobre do Wuinny Buzz, o Quinny Zapp Xtra. A cobertura é de lona, mais grosseira do que o Buzz, mas ele pesa 5 kg e suporta até 22 kg. Custa 350 dólares no Amazon. É preciso estar atento para não comprar uma versão mais antiga, porque nos antigos Zapp Xtra era preciso retirar o assento antes de dobrar a estrutura. Bem mais difícil.

Esse é um carrinho muito bom e muito pouco conhecido. É representado pela  Graco e por isso é compatível com os bebês conforto Graco, formando também o travel system. Pesa 7 kg, fecha pantograficamente e suporta crianças de até 30 kg (não, eu não digitei errado...)! Custa entre 137 a 199 dólares.

Outras opções excelentes existem. Esses são apenas exemplos de bons carrinhos.

Já dentre os carrinhos muito leves que podem ser comprados nos EUA, há infinitas opções. Claro que o ideal é buscar aquele que tem 2 ou 3 posições de recline, alguma proteção pro sol e material resistente.

Uns exemplos de carrinhos muito leves que achei lá são aqueles vendidos na loja Toys'r'us:

Compramos esse carrinho na Toys por puro desespero. Estávamos em NY, e o carrinho do Benício estava em Connecticut. O Heitor se recusava a andar, cansado, e a cota não permitia que levássemos dois carrinhos para o Brasil. Então compramos esse por 19 dólares, apenas para usar na viagem. Ele pesava 3,7 kg, e nos surpreendeu! Suporta crianças de até 15 kg...

Aqui está o Heitor dormindo no carrinho recém adquirido dentro da Toys!  Ele até tirou uma soneca, como podem ver...  O grande defeito dele é a ALTURA: eu tenho 1,71 e minha coluna pediu arrego em todos os passeios... Se o casal for muito alto, esse ponto é relevante! O carrinho baixo fica muito desconfortável para quem conduz...

"The Heavenly Stroller" - resolve o problema dos papais altos. É básico, pesa só  3,5 kg, suporta até 18 kg, e custa 40 dólares

Esse é um lightweight que faz jus ao nome!! Chama-se Quicksmart Backpack Stroller, tem uma posição de recline, pesa exatos 5 kg, e a melhor parte: 

Fechado, transforma-se em uma mochila...! Agora consigo acreditar no sorriso da mãe! Suporta até 20 kg, e custa 170 dólares.

c) Acessórios complementares.

Alguns acessórios ajudam a tornar os carrinhos de passeio mais funcionais, completando o que lhes falta em comparação com os tradicionais...
Essa "Rayshade" é da Summer e custa 14 dólares. É maleável, fácil de montar  e pode ser colocada apenas de um lado, ou de frente, dependendo de como bate o sol...

Esse é o "The Mommy Hook".Simplesmente um gancho que ajuda a mamãe  a pendurar todas  as suas tralhas no carrinho... Custa 7 dólares.

Isso é o J.L. Childress Cool 'N Cargo, uma bolsa com "cooler" para carrinhos. No Amazon,  20 dólares.

Organizador para carrinhos da Munchkin. Usamos um desses  e adoramos!  Na Toys'r'us, por 15 dólares.

Stretch Umbrella Stroller Storage, da Infantino.


d) Carrinhos duplos.

Não me sinto muito apta para opinar sobre carros duplos... Na verdade posso dizer que existem duas opções para gêmeos: comprar os carrinhos duplos ou comprar dois carrinhos e conectores de carrinhos, como os da Prince Lionheart e da Munchkin. Caso opte por comprar os conectores, registro que muitas mães de gêmeos me disseram que os dois carrinhos unidos não passam em portas normais, precisando desconectar sempre que for passar por elas. Também disseram que os carrinhos devem ter o mesmo estilo, e que em alguns modelos de carrinho as rodas deles ficam se chocando.

Existem muitos modelos de carrinhos de gêmeos, tanto com fechamento pantográfico como com fechamento "origami" (dobrando-se). Desses, ainda, há aqueles em que as cadeiras ficam lado a lado e aqueles em que elas ficam uma atrás da outra (ou uma de frente para a outra).

Vou fazer duas sugestões de carrinhos que conheço, muito usados por mães de dois:

O Aria Twin da Peg Pérego tem 9 kg, faz travel system com o bebê conforto, reclina bem e tem fechamento pantográfico.

O Twin Techno da Maclaren (também conhecido como o carrinho de Brangelina), reclina muito bem e tem um excelente fechamento.
Apesar de tecnicamente não ser um carrinho duplo, falarei aqui também dos carrinhos com assento para uma criança mais velha: nós adquirimos um quando Ben nasceu, e adoramos nosso trambolhão! Ele não tem fechamento guarda-chuva, mas não é muito pesado (9,5 kg) e abre e fecha MUITO fácil! Para terem uma ideia, acho mais fácil abrir e fechar ele do que o carrinho "guarda-chuva" levinho, porque as travas dele são bem acessíveis. Dentro da cidade, ele é o nosso carrinho, e se viajássemos menos provavelmente seria só esse:

O porta-objetos dele é gigantesco, com acesso para ele dos dois lados. A criança maior pode ir sentada ou em pé, com apoio para segurar e cinto de segurança de 3 pontos. A mais nova tem cinto de 5 pontos, e 3 posições de recline (mas a terceira só pode ser usada se o mais velho for de pé).

Antes de completar 6 meses, o mais novo deve ir no bebê conforto. O Joovy Ultralight é compatível com a maioria dos bebê confortos, porque seu adaptador é universal (esse cinto vermelho e um adaptador especial que fica no lugar da bandejinha). O assento do mais velho pode ser usado a partir dos 2 anos e meio. O assento da frente vai dos 6 meses  até os 20 kg.

3. Minha experiência.


Como eu disse no início, foram 5 carrinhos, sem contar o "descartável" da Toys'r'us. Ficamos muito sozinhos com as crianças, de modo que temos que "arriar" os meninos o tempo todo em algum lugar.

Nosso primeiro carinho foi um Burigotto Space. Ele não é muito pesado (7,6 kg, mais ou menos), mas tem um fechamento péssimo, é grande mesmo fechado e sempre trava na hora de fechar. Usamos bastante até Heitor fazer 6 meses, mas viajar com ele era inviável. Admito que comprei ele apenas porque a minha amiga comprou dele também, e ambas compramos apenas porque a vendedora disse que era o mais leve. sem pesquisas, sem noção. Custou 460 com desconto.

Depois que Heitor fez seis meses, comprei um MacLaren de passeio, também em liquidação, por 420 reais. Já tinha mais experiência, então observei o limite de peso dele (25 kg), o conforto (ele tem as laterais, que é uma coisa boa para dormir), a cobertura (bem grandinha para um passeio) e o peso, pois usaríamos em viagens de avião (ele pesa 5 kg) e o recline (tem 2 posições). Não vou mentir, também simpatizei com o nome dele (Daytripper, como a música dos Beatles!)...

O problema é que Heitor era muito novo para se sentir a vontade dormindo sentado. Ele dormia no colo, mas acordava quando colocávamos ele ali. Depois que ele fez um ano, a coisa melhorou, pois ele já dormia, bem, de qualquer jeito. Até hoje ele cochila tranquilo no MacLaren, e foi o conforto dele para "meninos grandes" e as dificuldades dele para bebês que nos fez manter ele como o carrinho do Heitor.

Ao decidir o carrinho do Benício, as opções eram muitas, como podem ver pelo tamanho do post atualmente. O carrinho Burigotto não estava mais conosco, então precisávamos de algo para o início. Foi quando vi uma mãe com um bebê de 15 dias em um carrinho ultraleve, parecido com um de boneca! Perguntei e anotei o nome e quando o achei em oferta, comprei: Linea Voyage. Pesa 3,6 kg. É frágil, mas também não cabem nele por tempo suficiente para estragar. Custou R$ 89,00. Foi a salvação dos primeiros meses, para dormir do lado da cama da mamãe, e na viagem de avião de volta para casa, com 40 dias de vida!

Na viagem pros EUA, nos encantamos com o Joovy Caboose Ultralight, que está sendo super útil dentro da cidade e em casa, quando precisamos estar sozinhos com os dois. A única dificuldade dele é mesmo o porta-malas. Acho que precisaríamos de dois táxis para chegar e voltar para o aeroporto com ele.


Ben, com 1 mês, e Miguel, com 4, usando os carrinhos Linea da Voyage.

Depois compramos esse colchãozinho, que fazia com que ele não ficasse muito  socado no fundo do carrinho.... Da Bebê Produtos, a venda na Expressinho do Bebê.

Com cinco meses ele não cabia mais no carrinho Linea. Ele tinha cumprido seu papel, então compramos agora um Infanti Sunny, por R$ 350,00 no Walmart. 5 posições de recline, suporta até 18 kg e pesa 7 kg.

Fazendo a pesquisa para esse último carrinho-passeio de Ben, percebi o seguinte: é possível comprar carrinhos no Brasil por preços similares aos dos EUA, e eles vão bem. Não são os Quinny os Bugabee, mas são confortáveis e bonitos.

Minha primeira ideia era ter tudo que o MacLaren tem, mais algumas posições de recline. Esse carrinho existe, é o MacLaren Quest. Como é bem mais caro no Brasil (custa de 900 a 1.000 reais no Brasil), optei pelo Infanti. Ainda não chegou, então depois eu conto como ele é!

Quando as pessoas se chocam com o fato de Ben ter tido 3 carrinhos, eu faço a soma: 460 reais pelo Joovy + 89 do Linea + 350 do Infanti = 899 reais. Ainda é mais barato do que comprar qualquer um daqueles super carrinhos de Miami, e podemos parcelar, e adquirir um carrinho adequado à cada fase e à cada situação... Para nós que viajamos muito com eles, isso é muito bom. 

4. Vale a pena?


Depende. Se você não tivesse indo, iria comprar um carrinho no valor do escolhido? As vezes na festa do enxoval americano, compramos muita coisa que não compraríamos se estivéssemos comprando aqui. E aí o barato sai caro e a economia é relativa...

Depende também da bagagem. Quando você fizer a lista, se o carrinho for prioridade na bagagem, você pode deixar de trazer um item cuja economia é certa (por exemplo, os ginásios musicais e tapetes tipo "mats", que custam MUITO mais no Brasil e não tem similares nacionais...). Pagar a caixa do carrinho por fora custa mais 200 reais pela caixa, a depender da companhia aérea. É preciso avaliar bem.

O meu carrinho entrou na cota de Heitor, não contou como bagagem nossa. Aproveitei para trazer algo que sabia que ia me ajudar e que não encontraria por aqui. E fiquei feliz.

No final, isso é o importante. Você e o bebê ficarem felizes e confortáveis. Pouco importa se o carrinho comprado é a Ferrari ou o Volvo dos carrinhos. Selecione, anote as características, para não acabar com um objeto que não pode ser guardado em lugar nenhum da sua casa, ou pesado demais para que você possa usar sem acabar na fisioterapia. De resto, confie nos seus instintos, confie na vozinha que fala no seus ouvidos que o carrinhos daquele bebê é aquele. Não existe carrinho perfeito, você não estará perfeitamente satisfeita. Mas o carrinho é certamente o item mais presente nas nossas vidas, quando bem escolhido!
E eu, de coração, espero ter ajudado um pouquinho para essa escolha feliz!
Desejo muitos passeios felizes e um DOCE DIAS DAS MÃES!

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Enxoval nos EUA X no Brasil

PARTE I: carregadores, cangurus, slings e afins!


Inicialmente a intenção era fazer apenas UMA postagem, um pequeno guia com dicas para quem vai fazer seu enxoval nos Estados Unidos...

Não deu.

Dividi (por enquanto) a postagem em três partes, e vou tentar publicar as três partes durante essa semana... Ao invés de começar do grosso, decidi começar pelas "pequenas coisinhas complicadas", como o carregador do bebê ou o carrinho. O carrinho será o próximo (não percam!!!).

1. O primeiro filho e seus carregadores Brazucas...


Adoro carregadores, por dois motivos: 1, porque sou agitada e preciso das minhas mãos o tempo todo e 2, porque não tenho muitos parentes e auxiliares por perto para segurar o bebê "um pouquinho"...

Meu primeiro carregador foi o "canguru-mais-barato". Era um canguru cruzado nas costas, utilizável, segundo o fabricante, até os 12 meses (ou seja, 9 kg).
Além de não ter apoio na cintura, na região lombar, o canguru é muito baixo...

Porque ele não deu certo: primeiro, ele apoiava-se nos meus ombros e entre as omoplatas, mas não tinha apoio na cintura. Com isso, depois de um tempo ele começou a forçar a minha já castigada lombar. Além disso, os tais 9 kg é atingido pela maioria das crianças BEM antes dos 12 meses, e mesmo o Heitor, que atingiu exatamente aos 11 meses, já não cabia naquela pequena estrutura.

Antes que ele quebrasse a minha coluna ao meio, comprei um sling... A minha experiência foi maravilhosa com o sling, ainda que eu, admito, não soubesse muito usá-lo nos primeiros meses...

Nesse post, falei sobre a experiência de Heitor com o sling!
Esse sling de tecido é o ideal para os primeiros meses, pois o tecido é firme para apoiar bem a coluna. Eu achei incômodo usar no calor... Torrávamos os dois.

Por isso, quando ele ficou maiorzinho, comprei o sling de malha. Ele não serve, na minha opinião, para os primeiros meses (a malha estica, e a cabeça do bebê não fica bem firme), mas se o pescoço já está firme, é bem mais fresco!

Com um ano!
O sling tem três grandes vantagens: a primeira é que são muitas possíveis posições, todas igualmente gostosas; a segunda é que ele, usado corretamente, não força a bacia do bebê, deixando-o na posição ideal,  com as pernas dobradinhas como uma rã, favorecendo o desenvolvimento das articulações dos quadris. A terceira é que, a depender da estatura e peso da criança, pode ser usado até os três anos!

Importante ressaltar que as argolas deve ser feitas de material super resistente, como alumínio ou inox, para suportar bem o peso do bebê.

A única desvantagem do sling é o peso em um dos ombros. Força um pouco.

E esses eram os carregadores de Heitor, todos comprados no Brasil! Chegamos agora ao nosso enxoval comprado nos EUA.

2. Enxoval de Ben em NY: escolhendo um carregador para uma lombar em frangalhos...


A verdade é que a coluna da mãe de segunda viagem é sofrida... Depois de carregar o peso daquela criança por 2, 3 anos, muitas vezes grávida (oooh, quero encontrar a MÃE que negou colo para o primogênito com a frase "desculpe, filho, recomendações médicas!), você está escaldada: não fará mais economia com a sua coluna querida!

Sob essa máxima, corri para comprar o melhor e mais caro canguru que encontrei na Big Apple: O Miracle, da Babyjorn. Esse vídeo me ganhou completamente:




Ele deu super certo por um tempo. Depois Ben começou a reclamar, passamos ele para a posição "de frente" e ele voltou a amar...

Ele dormiu bastante no canguru aguardando o voo e a conexão.
Essa é a atual posição favorita dele no canguru!
 Muitas críticas são feitas à essa posição "de frente" - porque o ideal é que a coluna do bebê fique curva, como um C, e não ereta, evitando estímulos diretos às coluna. Tenho evitado usar assim por conta disso.

O Sling de Heitor foi bem herdado, também.


Essa é a nossa experiência. Como mesmo uma mãe viciada no Google ERRA, vou dizer quais os carregadores que HOJE acredito serem os mais indicados.

Não me entendam mal, ADORO esses carregadores e super recomendo eles. Mas há outros carregadores com outras características que podem ser mais adequados à situação de cada mãe. Vamos a eles.

3. Bons carregadores para comprar nos EUA.


Pesquisando um carregador que tivesse características semelhantes para uma amiga, encontrei esse da Infantino, que parece ter vantagens em relação ao meu Babyjorn:

Infantino Flip Front 2 Back Carrier, disponível no Amazon.
Achei esse canguru com um preço ótimo (U$ 23,99 no Amazon), e vai de 3.6 a 14.5 kg (uma criança de 3 anos costuma ter esse peso!). Ele tem as três posições (nas costas dos pais, na frente dos pais virado de costas e de frente). Além disso ele tem o apoio na cintura, para suporte da lombar.
Infantino Union Ergonomic Carrier, também disponível no Amazon.

Esse canguru da Infantino acima custa menos de 30 dólares e lembra um Mei Tai, que é um carregador tipicamente oriental. Ele tem duas posições (na sua frente e nas suas costas), e a melhor parte: vai de 3.6 a 18.14 kg!! Pode levar seu grandão feito mochila! Mas a maior vantagem dele é que as costas do bebê permanecem curvas, conforme recomendação médica. Da mesma forma, as pernas ficam abertinhas, na posição de rã.

Essa opção é muito usada, e muito recomendada nos EUA e nos mochileiros em geral. A marca é ERGOBABY, e apesar de ser mais caro, não encontrei um usuário insatisfeito!

ERGObaby  Original Baby Carrier. No Amazon.

Vai de 3 a 18 kg - até os 3 ou 4 anos da criança... É leve e tem um bom apoio na cabeça, diferente do Infantino. Tem um acessório que deixa a parte interna mais quentinha e acolhedora, esse acessório aqui.

Se eu tivesse que arriscar hoje, arriscaria no Ergobaby ao invés do Infantino. Só pelo apoio do pescoço, já que usei com o Ben desde muito cedo (viajamos de volta quando ele tinha só 40 dias). Também levo muito em consideração os reviews nos sites americanos, e achei válido um comentário no Amazon (Ariel Meadow Stallings) em que o consumidor dizia mais ou menos assim: que o Infantino não é tão confortável quanto o Ergo, não é tão ajustável (conta de um amigo alto que estava frustrado porque a faixa da cintura ficava acima dos seus quadris, deixando todo o peso da criança nos seus ombros), e  considera que apesar do tecido sintético ser mais fácil de limpar, não é tão bonito nem macio contra a pele do bebê. E termina: "A Ergo é uma indústria líder por uma razão". É para pensar...

Há também diversos carregadores adequados APENAS para meninos mais velhos, de 1 a 3 anos... Mas vou guardar esse para a futura postagem sobre o que comprar para os filhos "toddler" nos EUA (Aguardem!).

Não posso deixar de mostrar e falar sobre esse carregador aqui:
Chicco Smart Support Backpack, na Amazon.

Bom, ele tem "apenas" 3.18 kg, carrega crianças até 43.5 kg (isso mesmo!), tem proteção contra chuva, excelente apoio lombar.

Por outro lado, pesquisei muitas fotos dele e não encontrei nenhuma que mostrasse ele menor do que isso. Ou ele não fecha, ou não faz tanta diferença quando fecha..

Para MIM, em especial, não faria sentido adquirir um carregador assim. Eu precisava de algo leve e dobrável, que pudesse ser levado no carro, na mala e até na bolsa. Fácil de vestir, rápido de colocar o bebê e que só precisasse de uma pessoa para por a criança ali.

Por outro lado: mochileiros e trilheiros... Esse é o seu carregador de bebês ideal! 

Eu falei das vantagens do Sling e do Mei Tai, mas não detalhei muito sobre adquiri-los nos EUA. Explico no item seguinte.

4. Vale a pena?


A verdade é que ainda sou fã de carteirinha dos slings, wraps e mei tais. Não recomendo comprá-los nos Estados Unidos, apenas porque costumam ser mais caros que os brazucas - e olha que minha pesquisa foi feita nos sites mais recomendados! O Wrap no Amazon está em média 40 a 50 dólares; o Mei Tai, sai por 90 dólares.

Para conhecer e comprar o Mei Tai, o Wrap (que tem a vantagem sobre o sling de distribuir o peso nos dois ombros...) ou o Sling, recomendo o Sampa Sling, clicando aqui.

O meu Sling de malha é da Fibrasca. É vendido em diversas lojas. Fica entre 50 e 70 reais. O de tecido custou 65 reais, em uma liquidação.

 Minha dica é: se você vai viajar para fazer o seu enxoval, e sabe (como eu sabia) que vai precisar de um carregador, avalie a possibilidade de trazer um canguru. Eles, sim, são mais caros no Brasil do que lá fora, e por isso valem a compra. Caso tenha decidido usar os carregadores de tecido ou malha, pode aguardar o bebê nascer e escolher aquele que possivelmente ficará mais adequado à sua rotina e ao temperamento do seu bebê.

Para saber se vale a pena ter esse item, seja trazido de fora ou comprado aqui, primeiro é preciso imaginar qual será a rotina com o bebê: vou precisar sair com ele antes dos 3 meses? Precisaremos viajar? Farei supermercado sozinha com o bebê? Passeios ao ar livre sem o carrinho? Precisarei de um carregador depois dos 9 meses? E dos 12 meses?

Leia bem a descrição de cada carregador e o que dizem as pessoas que usam. Não desista nos primeiros usos, pois todos têm um período de adaptação!

Caso opte por comprar algum carregador fora, lembre-se que nem sempre é possível encontrar AQUELE que você pesquisou nas lojas. Assim, compre com antecedência em sites americanos como Amazon e Target, entregue no hotel e solicite que eles guardem o item (isso é comum em muitos hotéis americanos).

Assim que recebê-lo, coloque no seu corpo e tente testá-lo com algo pesado (li em algum lugar uma sugestão de testar com um saco de alimento de 5 kg, é uma ótima ideia!), imaginando o bebê ali. Foi assim que eu descobri que o carregador que comprei não apoiava bem o pescoço, e acabei trocando pelo outro. Deu tempo!

Finalmente, digo a vocês que não há coisa mais gostosa no mundo do que carregar seu filho colado ao seu corpo, como se estivesse de volta dentro de você. Carregadores não machucam o bebê, e quando bem ajustados ao seu corpo e ao dele, são bastante confortáveis. Lembrem-se, foi assim que vocês andaram por nove meses. E matar essa saudade, não tem preço...

Em breve, falando sobre carrinhos de bebê: no Brasil e nos EUA.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Por um mundo mais (verdadeiramente) Child-Friendly!!




O conceito anda na moda. Diversos restaurantes, hotéis, resorts e até cidades inteiras se estruturam para receber melhor as famílias com crianças, da melhor forma possível.

"Child-Friendly" significa, em bom português, "simpáticos às crianças". São ambientes onde seus filhos não serão recebidos com muxoxos, não se sentirão estrangeiros em uma terra de gigantes, onde a mesa é alta demais, a comida, esquisita demais, as brincadeiras precisam ser inventadas e nunca são bem recebidas.

Não me entendam mal: eu simplesmente AMO a ideia. Adoro ambientes Child-Friendly. É muito bom ver seu filho ser recebido com um sorriso do maître, sentar em uma cadeira adequada e receber atividades para distrair-se enquanto sua refeição especial não vem. Papinhas no Menu, refeições na porção certa, locais para a criança brincar enquanto espera a refeição ou a conta.
Banheiro adaptado para crianças - é o que há!

É um mundo enorme que se abre. Além dos restaurantes, hotéis oferecem brinquedotecas, berços nos quartos, baby-sitters e até "copas do bebê", ambientes equipados com geladeira, fogão, microondas e pia para preparação de fórmulas ou papinhas.

Local infantil de uma livraria em Gramado. As crianças, comportadas e compenetradas...
Mesinha de desenhos em café em pleno shopping de Caxias do Sul.
A refeição infantil veio com carinha feliz!
Copa do Bebê e Brinquedoteca do Hotel Villa Bella em Gramado: Baby Sitter, Vídeo Game, piscina de bolinhas, berços e camas.

Deveriam estar em todos os aeroportos! Infelizmente, a Infraero parece não pensar assim...

Atualmente, diversos eventos tipicamente "adultos" são realizados especificamente para serem frequentados por pais com filhos. Assim é o CineMaterna, com sessões de cinema gratuitas para gestantes e mães com filhos até 18 meses, com luz suave, volume reduzido e trocador; o Sambebê, que promove shows em ambientes especialmente montados para inclusão de crianças e bebês, com som mais baixo, brinquedos e tapetes especiais; o Barulhinho do Bem, em Porto Alegre, que faz happy hours musicais com boa música adulta em som adequado às crianças, ambiente lúdico e alimentação especial para os pequenos. Cada iniciativa dessa me comove, me alegra - pois não é porque dois adultos têm filhos e decidem estar com eles em suas horas vagas disponíveis que não sentem também vontade de interagir com outros adultos, ouvir boa música, ver um bom filme.

Com o fim da era das "babás em tempo integral", esses ambientes devem ser cada vez mais bem vindos.

Por outro lado, toda essa inclusão também gera alguns narizes torcidos. Em NY, alguns bares que servem "a cervejinha do fim de tarde" abriram seus ambientes para pessoas com filhos e criaram a polêmica, como nos contou no início do ano o blog "Have a Nice Beer". Desde que li esta postagem, em especial, algo vem me incomodando...

Sempre odiei as piadinhas onde os "paladinos da justiça para os filhos alheios" insinuam que nós, mães, colocamos nossos filhos em situações que os igualam aos cachorros quando os colocamos em cintos de retenção (de coleira não tem nada, pois não está amarrado no pescoço da criança... Ou quando você faz RAPEL, coloca a coleira na cintura para não cair...?), ou quando os "treinamos" para o desfralde e para que se comportem de determinada forma...

Apesar de achar que cachorros devem ser MUITO bem tratados, e de ignorar sem dó esse tipo de insinuação, me perguntei, dentro do contexto, se esses ambientes "Child-Friendly" não poderiam ser mal interpretados como se "seres humanos adultos" estivessem "permitindo" que crianças acessem os ambientes pré-selecionados? Como os ambientes "Pet-Friendly"?

Apesar de saber que os ambientes "Child-Friendly" se vendem assim apenas para oferecer o conforto extra aos pais com filhos, e nem de longe desejar desmotivá-los a assim proceder, o movimento de inclusão gerou a contrapartida: deixou outros ambientes à vontade para se permitirem ser "Child-Unfriendly"! REALLY!

:O

Créditos: www.sodahead.com

Excluídos os ambientes que verdadeiramente não possam ser frequentados por crianças, porque são inadequados ao seu desenvolvimento, não vejo porque TODOS os demais ambientes não se prestam a receber crianças. São seres humanos, consomem, vivem em sociedade, e necessitam da interação social para se desenvolverem! Ou não é o que diz a nossa Constituição Federal?

Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

Mais uma vez, não vamos desvalorizar os ambientes receptivos às famílias: eles são os bons moços. Estão fazendo o certo, e o melhor, lucrando com isso. Ao custo de um trocador, alguns cadeirões, um prato servido em menor porção, alguns gizes de cera, papel e um sorriso amigável.

O outro lado, todavia, os ambientes "proibidos para crianças", mandam as crianças para "debaixo do banco", juntas ao "cachorro e ao tamanco", como dizia o antigo ditado. Agora, sim, caros "paladinos da justiça para os filhos alheios", e não ao pormos em nossos filhos o dispositivo de segurança, as crianças estão sendo tratadas como pets!

As justificativas são belas: pretendemos criar um ambiente romântico aos hóspedes, não estamos adaptados à receber crianças... Hotéis, restaurantes, todos com a placa virtual em riste: NO PETS/NO CHILDREN.

Quando eu era criança, li um livro infantil sobre o Apartheid. Falava sobre um garoto brasileiro negro que ganhava uma viagem para a África do Sul, e era então informado sobre os ônibus divididos ao meio, bancos de praça divididos e estabelecimentos divididos. Choquei. Pensei: "como eles podem achar isso normal?". Toda segregação começa com um sofisma. Uma explicação distorcida, mas persuasiva e com aparentes boas intenções. Porque não justificar o Apartheid argumentando que os negros "se sentiriam mais a vontade" em um ambiente só seu..? É assim que começa a intolerância.

Gostei muito do que disse a Loisiana, citada pela Lola do blog "Escreva Lola Escreva". Será que o próximo passo será proibir-se idosos em determinados locais, para manter o ambiente mais "fresquinho"? Assim como os filhos dela, os meus são super comportados. Têm seus maus momentos, mas normalmente os contornamos rapidamente.

Meus filhos nunca fizeram confusão aos berros para não colocar a poltrona na posição vertical, como vi um adulto sem filhos fazer; nunca tiraram os sapatos com chulé durante o voo, o que infelizmente, vi fazer um outro ser supostamente crescido. As suas fraldas sempre foram trocadas no banheiro, e nunca incomodaram os outros passageiros. Heitor ouve seu DVD com fones apropriados, ou sem o áudio; come quietinho, não corre pelo restaurante; não conversa alto atrapalhando as outras mesas, não fala alto no celular, não joga água nos outros quando está na piscina. Meus filhos não jogam lixo no chão e mesmo jogando alguma comida no chão, têm uma mãe que cata seus restos com um lencinho umedecido.

Apesar de ainda estarem aprendendo, muitas crianças encontram-se em estágio de desenvolvimento muito mais avançado do que diversos adultos que conheço.

Acho que ficou claro: há crianças e adultos inconvenientes e mal educados. Infelizmente, até certos limites, teremos que tolerá-los em lugares públicos. É assim que valorizamos o direito fundamental à liberdade no nosso país.

Meus filhos foram concebidos em meio a muito romance. Ao lado deles, todos ficamos amorosos, porque eles despertam amor. Só consigo pensar que olhar para meus bonecos deixariam muitos casais com vontade de correr para seus quartos... Para treinar. Quem sabe com muito romance e amor consigam fazer meninos tão inspiradores...!

Citarei um trecho do post no Escreva Lola Escreva que diz exatamente o que senti:

"Vejo que a PEDOFOBIA vem crescendo muito e fico bastante assustada. Afinal, a pedofobia deve ser tão combatida como qualquer outro tipo de intolerância. (...) Crianças são aprendizes da vida... Puxa! Quem é que não tolera alguém que ainda está aprendendo a conviver?"

Crianças, como diz a nossa Constituição Federal, necessitam da convivência comunitária para se desenvolver. Crianças têm DIREITO a serem tratadas com dignidade, a não serem discriminadas. Crianças têm "a condição peculiar" de "pessoas em desenvolvimento". Têm garantidos "por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade", diz o Estatuto da Criança e do Adolescente Brasileiro.

Desenvolver-se implica em passear, andar por vias públicas, ir ao supermercado, ver adultos de todos os gêneros e personalidades, assistir a vida passando, os carros passando; atravessar a faixa de pedestres e aprender a olhar para os dois lados, descobrir que a mãe dá ao padeiro o "papel-dinheiro" em troca do pão. Significa aprender a pegar com o garfo, saber sentar-se à mesa, pedir com educação sua refeição ao garçom. Para se desenvolver, a criança necessita conhecer outros lugares, culturas, línguas.

A criança pode ser retida por um cinto atado a seu corpo para que não sofra acidentes até que se desenvolva o suficiente para compreender as regras do trânsito; mas não pode ser barrada em um local onde não há conteúdo impróprio para seu desenvolvimento, SOB QUALQUER PRETEXTO. Que se doam os infelizes com sua alegria, sua inexperiência no trato social e sua sinceridade cortante; os angustiados com a sua capacidade de fazer da cadeira giratória um motivo para girar; aqueles que se esqueceram que um dia também foram crianças.

Apenas para anuviar os meus ânimos, que, admito, estão exaltados, e deixar o texto mais soft... Sempre policiei o tom de voz do Heitor quando a sua felicidade é extrema. Ele grita empolgado na frente da TV, e eu digo: "fale mais baixo, filho, não acorde seu irmão"...

Hoje eu e o pai dele conversávamos, cada um em um cômodo, em altas vozes, quando de repente ouvimos o indignado  rapaz no meio da sala dizer: "Mamãe, Papai, fala baaaixo!!"

Hotéis "românticos", restaurantes "adultos"... Azar o de vocês. Perderam um cliente exemplar. Boa sorte com sua clientela "gente grande"!


segunda-feira, 22 de abril de 2013

Diminuindo a bagagem!

Otimizando o espaço da mala em viagens com crianças...




A minha intenção era alternar postagens sem dicas com postagens com dicas, mas fiquei tempo demais longe do blog e acumulei tantas fotos de "ideias para postagens" que meu ICloud lotou! Então excepcionalmente vou fazer um post de dicas como fotos de novo, para "desobstruir" a memória do meu IPhone... :D

Eu já perdi a conta de quantas postagens fiz sobre viagens de avião com crianças, e ainda pretendo fazer mais uma sobre as nossas últimas viagens com DOIS (apenas estou esperando passar a tremedeira do stress da última viagem, fazer mais uma viagem "destraumatizadora", e de repente contar como tem sido...). Mas pesquisando as postagens de blogs que costumo ler, vi coisas excelentes sobre a mala das crianças, sugerindo coisas que faço, com ideias que não sabia (e vou aderir), listas e outras coisas excelentes. Para não repetir o que já foi escrito, vou me referir a eles, pois achei todos os cinco artigos excelentes:

1) No Blog "Nasci pra ser Mãe": Viagem com criança - Parte I -- A MALA.
2) No Blog "Mãe Perfeita": Viajando com crianças. Parte I - A mala.
4) No site "Bebê.com.br": Como arrumar a mala de viagem da criança.

Como há bastante informação boa na rede sobre a mala em si, decidi então falar sobre o segundo problema que ocorre logo depois que separamos todos os itens e arrumamos a mala: como diminuir aquela pilha de sacolas e não pagar excesso de bagagem (ou transbordar o porta-malas)...

Atualmente, temos os nossos 23 kg de cota e os 23 kg de Heitor - 69 kg no total. O Ben, até os dois anos, tem direito a levar um carrinho de bebê OU um bebê conforto, apenas (sempre escolhemos aquele que está mais leve).

O primeiro item necessário para otimizar a sua bagagem é esse aqui:
Pequena balança portátil para pesar malas

Com ela, você terá noção do peso de cada item; descobrirá, por exemplo, se o carrinho do seu bebê está na cota da companhia aérea (a maioria limita o carrinho do bebê em 10 kg, e cobra o que passar).

Comece pesando as malas SEM os itens dentro... Isso é importante, pois você pode preferir mudar aqueles itens de mala para "economizar" alguns quilos! Também pode usar uma mala grande ao invés de duas pequenas... Aproveite e pese itens essenciais para crianças como carrinhos, bebê conforto, cadeirinha ou assento de elevação, o berço portátil (antes de levar esse item, pergunte ao hotel se não disponibiliza um, verifique se o local de destino não tem alguma loja que os aluga, ou pense se não dá para fazer cama compartilhada apenas durante a viagem! Os berços de viagem desmontáveis pesam bastante (ente 10 e 15 kg) e afetam bastante a bagagem.

De balança em punho, tendo lido os excelentes textos recomendados sobre o que levar, agora é hora de otimizar e levar o máximo de coisas com o mínimo de peso!

1. Separando e analisando os itens - a lista.

 Sabe aquela lista que você começa a fazer uma semana antes da viagem (se não faz isso, devia fazer) sobre o que vai levar e em que mala? Não diminua ela até separar todos os itens. Separe cada "pilha" em seu cômodo respectivo, e olhe para os itens antes de colocá-los na mala. Visualizar a mala antes de montá-la dá uma ideia se realmente é necessário cortar coisas ou não. As vezes pode ser interessante preencher espaços vazios com itens que serão consumidos (como fraldas, por exemplo), pois esse espaço pode ser preenchido na volta com compras e coisas extras.

A mamadeira do voo deve estar esterilizada e cheia de água, já filtrada e fervida. Assim como os suquinhos de caixinha, vão em saquinhos de congelamento bem lacrados. Uma mamadeira extra está esterilizada e vazia, em um ziploc, para emergências, fora da mala do bebê, mas na bagagem de mão. Duas doses de leite vão separadas na bagagem de mão e uma ou duas na bagagem, para a chegada (essa quantidade depende do quanto seu bebê mama). Observe que a escolha do pote para pôr o leite em pó é importante: quanto mais estreito, mais fácil de armazenar! Chupetas esterilizadas, lanchinhos lacrados, copo para água e copo para o leite noturno. Convém levar a escova de mamadeiras, assim como uma esponja macia pequena (eu uso uma de maquiagem, pequena mesmo!) e um pequeno pedacinho de sabão de côco, para lavar os itens no destino, caso não seja fácil de encontrar por lá na chegada.



Esse pote de silicone dobrável, Comprado na PB Kids, serve para despejar as papinhas - no meu caso, a preferida é a Nestlé! Levo o suficiente para 3 dias, caso não consiga deixar compradas no local de destino. Acrescente, caso seu filho tenha entre 6 meses e 1 ano, uma colher, a preferida dele. O saco da Munchkin para esterilizar pode ser usado até 20 vezes, esteriliza uma mamadeira grande e algumas chupetas por vez, em microondas, por 90 segundos. E não ocupa absolutamente NENHUM espaço. Comprado no site Expressinho do Bebê.
Fita crepe é a melhor amiga das mães em viagens! Servem para marcar objetos e lacrar líquidos. Não precisa levar, eu normalmente enrolo um pedaço grande em uma caneta! :)

Diminua as quantidades, usando potes menores, vendidos em farmácia. Prefira os que usem rosca na tampa e seja BEM lacrado, mas ainda assim, passe a fita crepe nas frestas e buracos. Se ainda achar inseguro, coloque nos saquinhos de congelamento.

Eu sempre prefiro fazer uma lista à parte, incluindo o que pode ser achado no destino. Se você é superprecavida como eu, pode acessar um site de supermercado ou farmácia e mandar entregar fraldas, lenços e cotonetes no destino. Caso seja um hotel, convém dar uma ligadinha antes e confirmar se eles podem guardar para você.

Outra opção superprevenida é pesquisar no Google Maps supermercados e farmácias próximas ao local de destino - mas lembre-se, você pode não achar a marca que prefere do produto. Assim, se seu filho só usa determinado tipo de lencinho ou leite, leve uma quantidade maior, por precaução...

Se o destino é casa de parentes, e alguém lá tiver disponibilidade, peça que compre as coisas de consumo como fraldas e lenços, assim você já viaja tranquila!

Se tiver potes menores para pequenas quantidades, leve um pouco de sabonete líquidona mala de mão para imprevistos, cancelamentos etc. O que nos leva ao item 2.

2. Diminua as embalagens e quantidades.

Parece pouca coisa, mas faz toda a diferença. Depois de ter olhado a sua bagagem de cima, e constatado que ela tem coisas demais (quem viaja com filhos sempre chega nesse estágio), diminuir o frasco do shampoo é algo a se considerar.

Compre potes menores, ou reaproveite potinhos vazios, de preferência com tampas estilo rosca. Leve o suficiente para o tempo que você acredita precisar até encontrar um local para comprar aquilo que irá consumir - é uma questão de cálculo simples, o valor do excesso de bagagem é superior ao valor perdido em meio vidro de shampoo jogado fora. Dá pena, mas não faz sentido arriscar. Se for o caso, doe para uma mãe do destino e faça uma boa ação!

Sabe seus amigos médicos? Eles tem algo valioso para mães: amostras grátis! A minha pediatra deu amostra grátis da vitamina do Heitor (que só encontro aqui), um potinho pequeno e valioso; meu pai me deu as amostras do Episol e de Andolba. Peça ao seu médico ou amigo que fique atento em uma amostra assim, que seja útil em viagens, e otimize a sua farmacinha! Também fique de olho em miniaturas durante suas idas às farmácias, principalmente em viagens para o exterior, onde é comum o "travel size".

Fraldas e cuecas para as crianças: como nosso voo tem conexão, e cancelamentos acontecem no percurso, sempre levamos o suficiente para três dias.
Acredite: tudo que está nas duas primeiras fotos, inclusive a farmacinha azul - que já foi um item bem portátil que compramos em viagem - está dentro da necessaire verde da última foto! O segredo é diminuir as quantidades e tamanhos, usando amostras grátis (na foto, amostras de filtro solar, de Andolba, de medicações) ou miniaturas compradas (os vidrinhos da Johnson's e do gel dental). Caso não encontre, procure vidrinhos apropriados e encha apenas com o que vai precisar (na foto, o vidro verde contém perfume).


Essa miniatura (são três envelopinhos) eu preciso recomendar especialmente: é um detergente para lavar roupas de bebê na pia. Deixei a calça suja de cocô na água com o detergente, fui almoçar e quando voltei para esfregar, não tinha mais mancha! Um espetáculo, e ele nem serve para molho ou tirar manchas...
Cuidado com a farmacinha! A tentação de enchê-la de medicamentos é grande. Lembre-se, no local de destino provavelmente tem uma farmácia! Leve aquilo que é difícil de achar (no nosso caso, as vitaminas e o Lansinoh) e os medicamentos corriqueiros, como remédios de febre, dor, gases, enjoo, ou algum que a criança esteja usando no momento. Caso esteja viajando para o exterior, converse com a pediatra sobre levar antibióticos ou outras medicações difíceis de encontrar. Deixe essa avaliação para o médico.

 

3. A mala de mão: o essencial e o eventual...

Se seu voo é longo, não adianta: sua mala de mão será proporcional. Se seu voo é curto, todavia, ela será apenas um pouco menor... Viajar com crianças é previnir situações mil, e para isso, tenha em mãos tudo que poderá precisar.

Eu levo um trocador separado, daquele modelo com bolsos, para que não seja necessário "catar" na mala cada item na hora de levar a criança para o fundo do avião - nem levar a mala inteira para lá! Nesse trocador, já estão saquinhos para fralda suja, lenços umedecidos, pote "travel size" de Cetaphil (o Heitor usa essa loção de limpeza por recomendação médica em caso de assaduras, então já levo no trocador), pomada Cetrilan (leve a melhor, a que "cura" a assadura do seu filho, não só aquela que previne...), e duas fraldas, uma para cada um deles. O Heitor ainda está em processo de desfralde, então ainda não usamos cuequinha no voo.

As companhias aéreas normalmente limitam a mala de mão em tamanho e peso: claro que essa mala que eu apresento nem sempre obedece os limites... Meu "truque" para "permitir" que os funcionários "possam ser bonzinhos" comigo sem serem culpados disso é deixar a mala de mão no carro ou com outra pessoa durante o check-in. Normalmente levamos uma mala pequena, com itens eletrônicos, coisas para a primeira noite ou necessárias em caso de cancelamento ou emergências (é importante ter uma roupa extra para os adultos, pois crianças golfam, vomitam e até "escapam" no seu colo...). O outro adulto leva a mochila de fraldas, que até hoje não foi interceptada (acho que ficam com pena da gente!) e o Heitor leva sua mochilinha.

É interessante, para nós, mulheres, tentar colocar o essencial da nossa bolsa pessoal (a minha parece um buraco negro) em um ziploc, necessaire ou organizador, e levar na própria mala de fraldas. Eu faço isso sempre e facilita bastante. Leve a sua bolsa na mala despachada, dobrada. Isso incentiva a tolerância da companhia aérea, já que você pode argumentar que se trata da bagagem de mão dos dois pagantes (você e a criança) e mais a sua bolsa.

Segundo os sites da maioria das companhias aéreas, você pode levar na mão um agasalho, um travesseiro, a sua bolsa de mulher (risos) e a mala de mão. A menos que você sinta MUITO frio, dispense o agasalho e capriche nos travesseiros! Eu normalmente aperto eles em uma ecobag, daquelas maiorzinhas, para facilitar na conexão e no embarque.

ESSE monstro é a minha mochila de fraldas atual! Na verdade usamos ela nas viagens muito longas. Nela tem dois trocadores (como Ben era pequenininho, não colocávamos no mesmo trocador), os remédios de febre, cólicas, termômetro, saquinhos com roupinhas extras, fraldas, cobertores para os dois, lanches, mamadeira, lenços de limpeza, água, DVD/Tablet e fraldas para a viagem. Escolhemos essa porque é fácil de transportar, mesmo com muito peso (nas costas, deixando as mãos livres), e é bem compartimentada (facilitando achar cada item na hora da emergência).
Essa é a outra mala de fraldas que usamos. Ela é vendida no Brasil, o modelo é DAISY BAG, da marca Simply Good. Ela também é excelente para viagens de avião, bem compartimentada, com um trocador enorme que deixa tudo à mão. Tem diversos tipos de alças, o que facilita na correria das conexões...
 Esse é o trocador solitário! Nele vai apenas o básico para a troca, e você só precisa levar ele ao fundo do avião ou ao fraldário. 



Esses são itens muito úteis na hora de higienizar, sejam os brinquedos que vão à boca, seja a mãozinha suja, chupetas etc. O primeiro, importado, é um lenço para limpar chupetas, mordedores, mamadeiras ou copos. Logo abaixo, os lenços Kleenex Antissépticos, prometem acabar com 99,9% dos germes. Acima, os lenços "Hora de Brincar" da Johnson's, que pode ser passado na boca das crianças sem riscos. Abaixo, lenços médicos com álcool a 70% (são usados em laboratórios e ainda não achei deles para vender...) e por fim, o bom e velho álcool em gel a 70%!
Apertadinhos nessa ecobag preta, estão (acreditem!): um canguru, uma almofada ferradura de amamentação, e esse travesseirinho inflável pro Heitor! Na volta, o zíper quebrou. Não podíamos esperar outra coisa, não é? Vocês podem trocar o canguru pelo sling ou wrap, que ocuparia menos espaço na ecobag...

 

4. Brinquedos.

Claro que alguns brinquedos estarão dentro da mala de mão... Mas como sempre é bom levar alguns a mais do que aqueles que levamos na mala de mão, pois a criança estará fora do seu ambiente, e sempre é bom ter coisas "familiares" à mão para que eles se sintam aconchegados, enumerei aqui as nossas ideias para uma brinquedoteca portátil!

Tablets, DVD Portátil e os DVDs prediletos são úteis durante a viagem, mas também nos momentos de cansaço no destino! Não viajo sem os meus. Lembre-se dos carregadores! Coloque junto a sua câmera fotográfica, que não pode faltar.
Essa mochilinha é também um dispositivo de retenção para crianças (a chamada "coleirinha", apesar de não ser usada no pescoço...). Nela o Heitor leva seus Imaginext e outras miniaturas, que servem para distrair ele em toda a viagem! E não ocupam espaço! Importante contar todos antes de sair de casa e conferir sempre...
Livros de pintar são baratos, podem ser achados em qualquer lugar, e ocupam pouco espaço.

Incentive seu filho a ler como brincadeira! Com isso ele terá seus livrinhos prediletos para a viagem...

Como Ben ainda não usava brinquedos na nossa última viagem, vou repetir a dica que dei quando viajávamos com o Heitor, ainda bebê: para bebês, dê preferência aos mordedores que tem algo que possa ser preso, para evitar que seu filho atire o brinquedo longe no avião!

Esse mordedor é uma pulseira com velcro e fica preso ao pulso da criança, mas sem machucar... Da Chicco.

Esse tem uma argola que pode ser presa ao seu relógio, ou até a roupa da criança! Da Fisher-Price.

Esse mordedor é ótimo, ele parece uma chupeta e o Ben DESTRÓI ele feliz! Pode ser preso a um prendedor de chupeta e à criança. Da RazBaby.

 

5. Passou da cota? Revise.

É importante montar as malas com algum tempo extra para revisar a bagagem. Você precisa do carrinho, ou pode pegar um emprestado, ou até mesmo comprar um superleve a um preço módico? A cadeirinha pode ser alugada ou emprestada?

Quando comprei uma das cadeirinhas do Heitor, busquei a mais leve disponível no mercado para facilitar o transporte em viagens. É uma Cosco, modelo CV3000II, de 9 a 25 kg, que pesa só 4,7 kg! O bebê conforto de Ben é um Burigotto, com 2,3 kg, e deixamos a base dele quando viajamos.

O carrinho que Ben usou até hoje em viagens é um Linea, da Voyage, de menos de 5 kg; como ele não cabe mais nele, vamos repassar e usar um Infanti, modelo Sunny, que é mais pesado: 7 kg (Muita gente pensa: "NOOSSA, que exagero, dois carrinhos??" - mas o mais surpreendente disso é que o custo desses dois carrinhos foi inferior ao de muitos carrinhos-passeio comprados em enxovais nos EUA! O primeiro custou 89 reais, e o segundo, 349 reais. Total, 438 reais, ou aproximadamente 219 dólares... E eu tive carrinhos leves e adequados para cada momento do meu filho! Parcelados de 10 vezes, e sem chateações na Receita Federal! Mas vou deixar essas reflexões para outra postagem...).

O carrinho de viagem do Heitor, um MacLaren de meninos grandes, tem 5 kg - em compensação, não reclina. O ideal é encontrar esse equilíbrio entre o conforto da criança e o peso da bagagem...

Se você viaja muito, pode ser conveniente analisar o peso dos itens antes de comprá-los.

Quando a cota da bagagem me permite, eu também levo essa cadeirinha dobrável de refeição, que pode ser útil em restaurantes que não dispõem de cadeirão (ou que tem cadeirões velhos e sem cinto de segurança!).

Se você revisou toda a bagagem e concluiu que, infelizmente, reduzir alguma coisa poderia implicar em reduzir o conforto das crianças, arrisque pagar o excesso. Bebês não pagam passagem, então o excesso pode ser considerado um "pagamento" pela viagem. Com o tempo, a bagagem vai reduzindo de tamanho e você vai percebendo o que é REALMENTE útil e essencial. E principalmente, o que é útil e essencial para vocês, e em cada passeio em especial. Porque cada mãe é única, cada criança é única, e cada roteiro tem suas peculiaridades!

Espero que todos os leitores dessa postagem voltem depois de suas viagens, para deixar uma nova dica sobre como otimizar uma mala com crianças! Estarei aguardando! :)