
Acabei de ler sobre a blogagem coletiva que celebra as vovós no Blog do Miguel...
Não estava ainda na rede, mas agora entrei e comecei a blogar os vovós!
Conheci três avós e uma bisavó. É um previlégio que poucas pessoas da minha geração tiveram... A minha bisavó paterna viveu até os 103 anos, e tinha uma personalidade tão forte que, mesmo tendo tão pouca idade à época, me lembro perfeitamente de coisas que ela me disse, de orações que me ensinou e até de rabugentices... :D
A mãe do meu pai, Vovó Ziza, hoje tem 101 anos. Ela é REALMENTE uma matriarca na minha família, no estilo que hoje não se vê mais... Infelizmente as pessoas não têm processado em suas vidas e famílias o valor da EXPERIÊNCIA, ainda que acompanhada da fragilidade do corpo... A minha avó tem muita personalidade, como a minha bisavó tinha. Ela, mesmo aos 101 anos, acompanha toda a vida de sua prole e prole da prole, e assim sucessivamente... Lembra pontualmente os nomes e datas de aniversários, assim como todos os mínimos detalhes de cada um... E olha que foram 14 gestações! Não consigo falar da minha avó sem vir na minha mente uma idéia de "triângulo familiar" onde ela é, ao mesmo tempo, o topo e a base. A sustentação e o ápice. Ela simplesmente é APAIXONADA pelo Heitor, e ele por ela! Quando ela ficou bem doente, da última vez, fiz questão de levá-lo para vê-la, de "calças jeans", pois ela adora vê-lo com essas "roupas de homem". Ele fazia uma folia imensa, e ela, mesmo gripada, teve que segurá-lo. Doença de vó não pega em neto, podem anotar!
A minha outra avó é Nalva. Ela é também minha madrinha e ajudou a me criar. Morei com ela desde os 11 anos, até os 17, daí passei a voltar e ir, ciclicamente... Mesmo morando tão longe, não consigo não chamar a casa deles de "minha casa". "Casa de D. Nalva" sempre foi sinônimo de liberdade, de muitos primos correndo e aprontando! Quando quero dar uma bronca nela, porque não toma os remédios ou não vai ao médico, chamo-a de "D. Nalva", e acho isso muito divertido... A minha avó tem uma história bonita de cuidado com o próximo, e até hoje ajuda a todos sem distinção, desde a pessoa desabrigada que pede um prato de comida, até a pessoa de posses que precisa de ajuda, seja com bebês ou defuntos... :D É a mulher dos vinte mil afilhados! E diz todo o tempo que eu "não mereço um filho tão bom"...
Ah, e minha Vovó Nalva é sobrinha da minha Vovó Ziza! Esse é um detalhe muito engraçado...
O meu Vô Inácio sempre foi muito fechado, não conversava muito com a gente. Sempre foi muuuuito econômico e um exemplo de trabalho e esforço. Ele tinha uma loja de sapatos, onde eu ia "fingir que vendia sapatos" e chupar picolés. O tempo foi passando, e hoje meu avô é um tagarela. Ele conta a todos sobre a história da sua vida - infelizmente, para contar tudo o que descobrimos dele, eu precisaria de outro blog e um mês. O pai dele perdeu tudo com a crise do café, e ele lutou muito para construir seu patrimônio desde então e ajudar a criar seus irmãos menores. Ele achava que Heitor não gostava dele porque sempre chorava no seu colo. Da última vez (com bastante cosquinha) o Heitor não chorou! Agora ele acha que o Heitor gosta muito dele...
Eu espero que o Heitor adore e admire os vovós dele como eu admiro os meus. O destino não deixou que ele conhecesse os vovós paternos, nem a bisa Ilse, que ajudou a criar o papai Fernando com tanto carinho, mas se foi quando o Heitor ainda estava na barriga (ela o viu no 4D!). Ainda assim, procuramos manter suas imagens e idéia presentes em nossa casa, para que ele SINTA a sua presença, que tenha orgulho de suas origens e dos seus acendentes, pois ele é o resultado final de uma linda história de amor, carinho e cuidado, por todos os lados.
Precisamos ter orgulho e respeito pelos nossos avós, e saber que respeito e orgulho não significa colocá-los em um pedestal inatingível e distante! Devemos, ao contrário, ser netos com muito orgulho, pedir colo e conselho, ouvir suas histórias e cuidar deles (até dar uma bronquinha de vez em quando) para que possamos curtí-los pelo máximo de tempo possível!
Beijo de Lena, Fernando e Heitor aos nossos vovós e bisos, espalhados pelos cantos do universo!
Heitor e sua Vovó Jane.
Heitor e seu Vovô Geraldo.

Nossa! Muito legal conhecer os avós e a bisa!!!!
ResponderExcluirEu só conheci a minha avó paterna e por pouco tempo. Tbm não convivemos... Uma pena! não tive quem me estragasse. hahaha
Por acaso, o nome do meu filho foi em homenagem ao bisavô e ao tataravô por parte de pai...
Muito legal a homenagem!!!
beijos
Adoreeeeeei o post!
ResponderExcluirMe emocionei!
Avós são pessoinhas preciosas mesmo, né...
Seja benvinda à Mulher e Mãe, viu?!
Obrigada pela força!
Ah, linkei seu post lá no blog.
Beijão
Danuzza ~ Equipe Mulher e Mãe