segunda-feira, 20 de maio de 2013

Enxoval nos EUA X no Brasil

PARTE III - Sugestões gerais sobre o que trazer dos EUA para o seu enxoval.



Gente, por motivos de doença em TODOS os membros da família, essa postagem vai demorar só um pouquinho... Durante a semana, com todo remédio que a amamentação me permitir, venho contar das coisinhas que são mais baratinhas por lá e das que não vale a pena, economicamente falando...

Família é isso aí, um dia em pé, um dia todos de cama!

Beijocas!

domingo, 12 de maio de 2013

Enxoval nos EUA X no Brasil



PARTE II - O famigerado carrinho de bebê!


Tenho o hábito de escolher primeiro a má notícia. Daí porque estamos falando do carrinho e do canguru (Parte I) e futuramente, da babá eletrônica, antes dos itens básicos de um enxoval... Depois que escrever sobre esses itens complicados, a mamãe que lê essa postagem achará todo o resto muito fácil...

Começo contando que atualmente,cheguei ao número recorde de 5 carrinhos em 2 filhos. Caiu o queixo? Acredite, paguei menos do que muita gente que adquiriu apenas um. Nada contra, eu fiz apenas uma escolha adaptada à minha realidade, que é a regra básica para quem faz um enxoval (para o tema, ler o post "Comprando para o segundo bebê: dissecando as famigeradas listas de enxoval" - e nesse momento percebo como eu curto a palavra "famigerada"! :D).

E assim, pedindo desculpas por não ter conseguido antecipar a parte II, como prometido - com filho em crise alérgica respiratória, mãe esquece as calças, imagina o blog! - estreio o título 1.

1. Todo carrinho, assim como o enxoval, é uma escolha sobre a sua própria vida.


Parece filosofia de botequim, mas se a mãe não parte dessa máxima quando faz suas compras, além de comprar coisas desnecessárias -  o que inevitavelmente acontecerá, pois ninguém tem bola de cristal para saber como será a vida do bebê no primeiro ano - ela sentirá culpa por ter comprado coisas que não usou. Não existe, assim, a lista perfeita, o enxoval todo usado exaustivamente pela mãe e pelo bebê...

Quando se está fazendo o enxoval em seu próprio país, a melhor solução é ir com calma, comprar apenas o essencial e testar aos poucos alguns itens. Mas comprando fora, algumas coisas precisam ser antecipadas, pois o preço muitas vezes BEM mais acessível compensa eventual pouco uso que se faça da peça.

A solução, assim, é pensar BEM antes de começar a escolher os itens. A Carol, do blog Bebê com Estilo, montou um questionário (eu adorei a ideia!) sobre aquilo que você espera do seu carrinho. Vou reproduzir aqui as perguntas que ela fez:
"Para escolher o tipo que será mais apropriado para você, deve-se levar em consideração alguns pontos:
Qual a idade do bebê? Recém nascido ou maior que um ano?
Quanto vc quer pagar?
Você anda mais a pé ou de carro?
Pretende caminhar ou correr com o bebê no carrinho?
Precisa de um carrinho para terrenos regulares ou não, como grama, terra, etc?
Tem mais filhos pequenos? Quer leva-los juntos no mesmo carrinho ou ter um step (um apoio onde a outra criança vai em pé)?
O carrinho tem compatibilidade com o bebê conforto? (altamente recomendável para recém nascidos).
A barra de direção ajusta  a altura?
Qual o tamanho e o peso do carrinho? Não se esqueça de checar e comparar estas informações!
É fácil para fechar e abrir? O ideal é ver na prática.
O assento é reversível? Permite que o bebê vá olhando para a mãe e olhando para a rua?
O assento reclina bem?
Tem espaço embaixo para sacolas/compras?
É fácil de manejar, gira bem?"
Daí imaginemos que a mãe deseja todos os itens postos nas perguntas em um mesmo carrinho... Não encontrará. Aí é que está o problema dos carrinhos. Não existe o carrinho perfeito. Simplesmente o carrinho perfeito para mim pode não ser o perfeito para você. O perfeito para mim pode não ser perfeito para o meu marido, ou até mesmo para o meu bebê, e mesmo achando ele perfeito, posso acabar concluindo que ele não é perfeito para o meu modo de vida.

Ademais, como disse bem a Shirley do blog Macetes de Mãe, em postagem cuja leitura recomendo demais, o problema é que não dá para o fabricante de carrinhos conciliar duas coisas que são totalmente antagônicas: se o carrinho é super confortável, espaçoso, dificilmente será leve.

Como resolver esse dilema?

Priorize. Anote da lista de perguntas aquilo que considera essencial para o seu modo de vida. E acrescente essas: 
  • A partir de que idade da criança você REALMENTE sairá de casa (acredite, é muito difícil sair com eles antes dos 3 meses!)?
  • Você terá pessoas por perto dispostas (as vezes ansiosas) para pegar o bebê no colo?
  • Pretende viajar com o bebê? Viagens de avião ou de carro?
  • Qual é o tamanho do porta-malas do seu carro?
  • Quando você for fechar o carrinho, haverá sempre alguém ao seu lado, ou você acredita que estará algumas vezes sozinha com o bebê?
  • Você já tem um primeiro filho? Ele aceita sentar no carrinho, ou é avesso a ele?
  • Seu filho dormirá no carrinho? Em que momentos? Em casa? Nos passeios?
Quando você descobrir mais ou menos qual é o seu perfil e qual seriam os itens do carrinho que são primordiais ao seu modo de vida e quais você poderia contornar, passe para o item 2.

2. Passeando pelos diferentes modelos e características.


Os carrinhos de bebê parecem uma coisa simples (meu primeiro carrinho, que chamo carinhosamente de "trambolhão", foi comprado pela cor charmosa verde-musgo, porque a vendedora me disse que aquele era o melhor e porque minha amiga comprou um igual...), mas não são. Falar em carrinhos de bebê é entrar em uma série complexa de características e categorias de fazer qualquer mãe de primeira viagem PIRAR.

Excluídas as "subcategorias" (cada fabricante acha belo criar mais uma...), os carrinhos são basicamente divididos em:
  1. Carrinhos de passeio: "guarda-chuva"/Lightweight/Umbrella. É preciso cuidado porque muitos fabricantes de trambolhões chamam seu monstrinhos de carrinhos de "passeio"... Basta estar atento ao peso do produto (eles são bem mais leves) e ao fechamento (chamado "pantográfico", mas eu ficaria atenta a palavra "guarda-chuva", que é a pedra de toque dos carrinhos verdadeiramente de passeio). Muito reclinam bem o assento, mas normalmente o recline faz o peso do carrinho subir... É preciso avaliar bem.
  2. Carrinhos tradicionais ou full size: são as Ferraris dos carrinhos, confortáveis, com bastante recline e acessórios. Normalmente fecham como uma folha de papel sendo "dobrada" ao meio. Normalmente têm muito conforto, mas são pesados e grandes.
  3. Carrinhos Jogging: são a novidade de uns 5 anos para cá. Eles têm 3 rodas, normalmente PNEUS. São carrinhos indicados para terrenos muito acidentados, ou para corridas com o bebê. Muitos não fecham, ou fecham muito mal. A maioria reclina pouco.
  4. Carrinhos duplos ou triplos: normalmente indicados para gêmeos, mas têm sido muito usados por quem tem dois filhos. Já existem carrinhos específicos para mães com filhos em idades diferentes.
Atreladas às categorias temos duas vantagens que são associadas aos carrinhos: os travel systems, que nada mais é do que o carrinho já vendido com o bebê conforto da mesma marca, que pode ser atrelado a ele de diferentes formas. A vantagem de montar um Travel System são duas: 1, o bebê fica mais confortável no bebê conforto nos primeiros meses, e muitos carrinhos não podem ser usados por bebês com menos de 6 meses, normalmente por conta do recline. 2, é bem prático tirar o bebê conforto do carro e simplesmente colocar ele sobre o carrinho, sem precisar soltar o bebê de um deles para prender no outro.

a) Alguns Travel Systems e exemplos de carrinhos mais tradicionais.



Esse é o Graco FastAction Fold Sport Click Connect - parecem ser jogging, mas acredito que seja só esportivo. O fechamento dele é interessante, conforme foto... 


Esse é outro Graco, o FastAction Fold Classic Conect, bem parecido usado como Travel System na terceira foto, e apenas com o bebê conforto nas duas primeiras, em duas posições. Esses carrinhos são vantajosos porque nos primeiros meses, a mãe apenas carrega a estrutura e o bebê conforto, usando o assento do carrinho apenas com o bebê mais velho. Mas antes que seus olhos brilhem, registro que o sistema todo não é leve..
Também o FastAction Fold Classic Conect. Você puxa a alça do assento e o carrinho se desmonta fácil. Isso é bem prático, mas observem como é preciso estar atento: o anúncio diz "lightweight", mas ele pesa 10,5 kg! O sorriso da moça deve ser de força para segurar ele e o bebê...

Esse é o jogging da Graco, o Graco FastAction Fold Jogger Click Connect. 


Ele também funciona como Travel System e a vantagem do ClickConnect é que o bebê conforto é realmente preso ao carrinho pelo sistema LATCH...
O fechamento também é o FastAction Fold. Mas olha o peso:  16,33 kg! Somando-se os 9 kg desse bebê da foto  - haja malhação, hein, mamãe? Santo jogging!

Outra forma de apresentação do carrinho é a estrutura metálica "descolável" do assento, ou até vendida sozinha, para que se encaixe apenas o bebê conforto na estrutura, como variação do Travel System. A vantagem dessa apresentação é que a estrutura sozinha pesa de 5 a 7 kg, e os bebês confortos vão de 3,5 a 6 kg nos EUA. Desse modo, ao invés de levar o bebê conforto (essencial para o transporte do bebê) E o carrinho, leva-se apenas a estrutura. O único senão da estrutura sem assento é o tempo de uso: o bebê conforto é usado apenas até os 12 meses. Mas pode ser uma forma interessante de utilizar, já que depois de um ano o bebê pode ser passado para um carrinho lightweight. As estruturas custam em média 100 a 120 dólares, e um carrinho lightweight para a fase 1 a 3 anos custa entre 50 e 150 dólares.

Estrutura metálica da Graco para bebê conforto: Graco SnugRider Infant.

A versão da Chicco: Chicco Keyfit Caddy

Esse é o carrinho Pliko Switch, da Pég Pérego. A grande vantagem do Pliko é certamente o fechamento, estilo guarda-chuva. É um carrinho bem confortável, quase semelhante aos tradicionais. Na versão Switch do Pliko é possível tirar o assento completamente, e encaixar apenas o bebê conforto. Os carrinhos Pég Pérego são difíceis de serem encontrados nos EUA, mas facilmente na Europa. O carrinho Pliko Switch, com o assento, pesa 12,7 kg, suporta até 20 kg e custa em média 400 dólares.

Se carregar peso, pagar caro ou falta de espaço para guardar o carrinho não são problemas para você, sugiro que olhe muitos carrinhos interessantes que são a "bola da vez" entre as mamães que fazem enxoval fora. Não vou me estender muito neles porque são muitos reviews sobre eles em outros blogs, basta procurar... Esses são os principais carrinhos tradicionais procurados pelas mães brasileiras nos EUA, hoje, além dos que já citei acima:



Esse é o modular system do Pliko Switch. É simplesmente um sonho de consumo! Custa 1.000 dólares o system completo ou 2.500 reais no Brasil. É preciso saber onde guardar todos os acessórios enquanto não estiver usando. Fora isso, é sempre um espetáculo ver esse vídeo...!

Esse é o Orbit Baby G2. Outro espetáculo da tecnologia! O carrinho completo, com o bebê conforto da mesma marca custa 1.218 dólares na Toys. Segundo o site o bebê conforto sem a base pesa 7 kg segundo o site da Toys e 9 segundo o Amazon., e o carrinho, 11.8 kg.


O famoso Quinny Buzz, o preferido das mães que vão fazer enxoval em Miami! Ele dobra mal, mas tem uma cobertura bem macia. Custa 549 dólares, pesa 12,25 kg e suporta até 22 kg. É compatível com todos os bebê confortos da Maxi Cosi, assim como todos os carrinhos Quinny.


Book, da Peg Pérego. Essa versão não tem a vantagem do fechamento pantográfico como o Pliko, mas parece ser mais confortável. Tem também a versão Plus, bem parecida com o Pliko Switch, compatível com o moisés Navetta e com o bebê conforto. Não consigo postar o vídeo do Plus, mas é só assistir clicando aqui.  O Plus custa 500 dólares e o Book comum custa 400, na Toys. O Book tem 9 kg e suporta até 25 kg, e a versão Plus pesa 10 kg, suportando até 22 kg.


O Strokke Xplory é a menina da vez depois do Quinny Buzz. Ele tem uma característica fantástica, a altura: se você encostar o carrinho em uma mesa, a criança fica na altura correta. Ele parece um lightweight, mas pesa 12,3 kg, suportando até 20 kg.

b) Os carrinhos-passeio ou Lightweight.



Dentre os carrinhos de passeio as opções são muitas. Vou apenas listar o que deve ser observado neles ao comprá-los:
  • Sempre olhe o peso do carrinho. Ainda que se apresente como passeio ou lightweight, muitos pesam o mesmo que os tradicionais! Fique de olho na descrição do produto ou na caixa/manual.
  • É sempre bom ter uma "capota" (canoply) grande, mas a maioria deles não têm. Se o modelo que você gostou tiver a cobertura curta, recomendo comprar uma "sunshade" ou "rayshade", que é uma cobertura pro sol. Leva-se no cesto do carrinho e tudo bem.
  • O que o carrinho de passeio não tem pode ser recuperado com acessórios avulsos.
  • SEMPRE adote o fechamento pantográfico "guarda-chuva" nos carrinhos de passeio. Esse carrinho deve lhe acompanhar por mais tempo, e a praticidade dele é tudo. Depois que as crianças andam, eles querem alternar entre o carrinho e caminhadas, e eventualmente você precisará carregar o carrinho por um tempo.
  • Outra coisa a observar é até que idade seu filho usará. Alguns carrinhos suportam até 30 kg, enquanto outros, mesmo indicando 15 kg, ficam apertados mais rápido. Se comprar pela internet, olhe fotos de consumidores; se for comprar na loja, peça ao filho de um cliente para sentar nele.
Os carrinhos leves eu ainda divido em: MUITO leves e leves. Os muito leves têm 5 kg ou menos, mas normalmente não reclinam ou reclinam pouco. Os leves têm entre 6 e 8 kg e reclinam bem.
Dentre os 
Esse é o Chicco Liteway, um carrinho que selecionei dentre os muitos de passeio existentes com 5 posições de recline.  Como podem ver, tem bom recline, pesa 6,8 kg, suporta crianças até 18 kg, e fecha como um guarda-chuva. Custa 140 dólares nos EUA
Chicco Liteway Plus: excelente ideia! A versão PLUS, lançada a pouco tempo, tem o mesmo peso, mas vem com um sistema para adaptar o bebê conforto Chicco a ele, transformando-se em um travel system com carrinho lightweight! Custa 180 dólares.

O MacLaren Quest é muito bem recebido. É uma versão melhorada do carrinho do Heitor, que adoro. Tem 4 posições de recline, as laterais fechadas, e um bom cesto porta-objetos. Pesa 6 kg e suporta até 35 kg. Custa de 240 a 270 dólares.

Esse é o primo pobre do Wuinny Buzz, o Quinny Zapp Xtra. A cobertura é de lona, mais grosseira do que o Buzz, mas ele pesa 5 kg e suporta até 22 kg. Custa 350 dólares no Amazon. É preciso estar atento para não comprar uma versão mais antiga, porque nos antigos Zapp Xtra era preciso retirar o assento antes de dobrar a estrutura. Bem mais difícil.

Esse é um carrinho muito bom e muito pouco conhecido. É representado pela  Graco e por isso é compatível com os bebês conforto Graco, formando também o travel system. Pesa 7 kg, fecha pantograficamente e suporta crianças de até 30 kg (não, eu não digitei errado...)! Custa entre 137 a 199 dólares.

Outras opções excelentes existem. Esses são apenas exemplos de bons carrinhos.

Já dentre os carrinhos muito leves que podem ser comprados nos EUA, há infinitas opções. Claro que o ideal é buscar aquele que tem 2 ou 3 posições de recline, alguma proteção pro sol e material resistente.

Uns exemplos de carrinhos muito leves que achei lá são aqueles vendidos na loja Toys'r'us:

Compramos esse carrinho na Toys por puro desespero. Estávamos em NY, e o carrinho do Benício estava em Connecticut. O Heitor se recusava a andar, cansado, e a cota não permitia que levássemos dois carrinhos para o Brasil. Então compramos esse por 19 dólares, apenas para usar na viagem. Ele pesava 3,7 kg, e nos surpreendeu! Suporta crianças de até 15 kg...

Aqui está o Heitor dormindo no carrinho recém adquirido dentro da Toys!  Ele até tirou uma soneca, como podem ver...  O grande defeito dele é a ALTURA: eu tenho 1,71 e minha coluna pediu arrego em todos os passeios... Se o casal for muito alto, esse ponto é relevante! O carrinho baixo fica muito desconfortável para quem conduz...

"The Heavenly Stroller" - resolve o problema dos papais altos. É básico, pesa só  3,5 kg, suporta até 18 kg, e custa 40 dólares

Esse é um lightweight que faz jus ao nome!! Chama-se Quicksmart Backpack Stroller, tem uma posição de recline, pesa exatos 5 kg, e a melhor parte: 

Fechado, transforma-se em uma mochila...! Agora consigo acreditar no sorriso da mãe! Suporta até 20 kg, e custa 170 dólares.

c) Acessórios complementares.

Alguns acessórios ajudam a tornar os carrinhos de passeio mais funcionais, completando o que lhes falta em comparação com os tradicionais...
Essa "Rayshade" é da Summer e custa 14 dólares. É maleável, fácil de montar  e pode ser colocada apenas de um lado, ou de frente, dependendo de como bate o sol...

Esse é o "The Mommy Hook".Simplesmente um gancho que ajuda a mamãe  a pendurar todas  as suas tralhas no carrinho... Custa 7 dólares.

Isso é o J.L. Childress Cool 'N Cargo, uma bolsa com "cooler" para carrinhos. No Amazon,  20 dólares.

Organizador para carrinhos da Munchkin. Usamos um desses  e adoramos!  Na Toys'r'us, por 15 dólares.

Stretch Umbrella Stroller Storage, da Infantino.


d) Carrinhos duplos.

Não me sinto muito apta para opinar sobre carros duplos... Na verdade posso dizer que existem duas opções para gêmeos: comprar os carrinhos duplos ou comprar dois carrinhos e conectores de carrinhos, como os da Prince Lionheart e da Munchkin. Caso opte por comprar os conectores, registro que muitas mães de gêmeos me disseram que os dois carrinhos unidos não passam em portas normais, precisando desconectar sempre que for passar por elas. Também disseram que os carrinhos devem ter o mesmo estilo, e que em alguns modelos de carrinho as rodas deles ficam se chocando.

Existem muitos modelos de carrinhos de gêmeos, tanto com fechamento pantográfico como com fechamento "origami" (dobrando-se). Desses, ainda, há aqueles em que as cadeiras ficam lado a lado e aqueles em que elas ficam uma atrás da outra (ou uma de frente para a outra).

Vou fazer duas sugestões de carrinhos que conheço, muito usados por mães de dois:

O Aria Twin da Peg Pérego tem 9 kg, faz travel system com o bebê conforto, reclina bem e tem fechamento pantográfico.

O Twin Techno da Maclaren (também conhecido como o carrinho de Brangelina), reclina muito bem e tem um excelente fechamento.
Apesar de tecnicamente não ser um carrinho duplo, falarei aqui também dos carrinhos com assento para uma criança mais velha: nós adquirimos um quando Ben nasceu, e adoramos nosso trambolhão! Ele não tem fechamento guarda-chuva, mas não é muito pesado (9,5 kg) e abre e fecha MUITO fácil! Para terem uma ideia, acho mais fácil abrir e fechar ele do que o carrinho "guarda-chuva" levinho, porque as travas dele são bem acessíveis. Dentro da cidade, ele é o nosso carrinho, e se viajássemos menos provavelmente seria só esse:

O porta-objetos dele é gigantesco, com acesso para ele dos dois lados. A criança maior pode ir sentada ou em pé, com apoio para segurar e cinto de segurança de 3 pontos. A mais nova tem cinto de 5 pontos, e 3 posições de recline (mas a terceira só pode ser usada se o mais velho for de pé).

Antes de completar 6 meses, o mais novo deve ir no bebê conforto. O Joovy Ultralight é compatível com a maioria dos bebê confortos, porque seu adaptador é universal (esse cinto vermelho e um adaptador especial que fica no lugar da bandejinha). O assento do mais velho pode ser usado a partir dos 2 anos e meio. O assento da frente vai dos 6 meses  até os 20 kg.

3. Minha experiência.


Como eu disse no início, foram 5 carrinhos, sem contar o "descartável" da Toys'r'us. Ficamos muito sozinhos com as crianças, de modo que temos que "arriar" os meninos o tempo todo em algum lugar.

Nosso primeiro carinho foi um Burigotto Space. Ele não é muito pesado (7,6 kg, mais ou menos), mas tem um fechamento péssimo, é grande mesmo fechado e sempre trava na hora de fechar. Usamos bastante até Heitor fazer 6 meses, mas viajar com ele era inviável. Admito que comprei ele apenas porque a minha amiga comprou dele também, e ambas compramos apenas porque a vendedora disse que era o mais leve. sem pesquisas, sem noção. Custou 460 com desconto.

Depois que Heitor fez seis meses, comprei um MacLaren de passeio, também em liquidação, por 420 reais. Já tinha mais experiência, então observei o limite de peso dele (25 kg), o conforto (ele tem as laterais, que é uma coisa boa para dormir), a cobertura (bem grandinha para um passeio) e o peso, pois usaríamos em viagens de avião (ele pesa 5 kg) e o recline (tem 2 posições). Não vou mentir, também simpatizei com o nome dele (Daytripper, como a música dos Beatles!)...

O problema é que Heitor era muito novo para se sentir a vontade dormindo sentado. Ele dormia no colo, mas acordava quando colocávamos ele ali. Depois que ele fez um ano, a coisa melhorou, pois ele já dormia, bem, de qualquer jeito. Até hoje ele cochila tranquilo no MacLaren, e foi o conforto dele para "meninos grandes" e as dificuldades dele para bebês que nos fez manter ele como o carrinho do Heitor.

Ao decidir o carrinho do Benício, as opções eram muitas, como podem ver pelo tamanho do post atualmente. O carrinho Burigotto não estava mais conosco, então precisávamos de algo para o início. Foi quando vi uma mãe com um bebê de 15 dias em um carrinho ultraleve, parecido com um de boneca! Perguntei e anotei o nome e quando o achei em oferta, comprei: Linea Voyage. Pesa 3,6 kg. É frágil, mas também não cabem nele por tempo suficiente para estragar. Custou R$ 89,00. Foi a salvação dos primeiros meses, para dormir do lado da cama da mamãe, e na viagem de avião de volta para casa, com 40 dias de vida!

Na viagem pros EUA, nos encantamos com o Joovy Caboose Ultralight, que está sendo super útil dentro da cidade e em casa, quando precisamos estar sozinhos com os dois. A única dificuldade dele é mesmo o porta-malas. Acho que precisaríamos de dois táxis para chegar e voltar para o aeroporto com ele.


Ben, com 1 mês, e Miguel, com 4, usando os carrinhos Linea da Voyage.

Depois compramos esse colchãozinho, que fazia com que ele não ficasse muito  socado no fundo do carrinho.... Da Bebê Produtos, a venda na Expressinho do Bebê.

Com cinco meses ele não cabia mais no carrinho Linea. Ele tinha cumprido seu papel, então compramos agora um Infanti Sunny, por R$ 350,00 no Walmart. 5 posições de recline, suporta até 18 kg e pesa 7 kg.

Fazendo a pesquisa para esse último carrinho-passeio de Ben, percebi o seguinte: é possível comprar carrinhos no Brasil por preços similares aos dos EUA, e eles vão bem. Não são os Quinny os Bugabee, mas são confortáveis e bonitos.

Minha primeira ideia era ter tudo que o MacLaren tem, mais algumas posições de recline. Esse carrinho existe, é o MacLaren Quest. Como é bem mais caro no Brasil (custa de 900 a 1.000 reais no Brasil), optei pelo Infanti. Ainda não chegou, então depois eu conto como ele é!

Quando as pessoas se chocam com o fato de Ben ter tido 3 carrinhos, eu faço a soma: 460 reais pelo Joovy + 89 do Linea + 350 do Infanti = 899 reais. Ainda é mais barato do que comprar qualquer um daqueles super carrinhos de Miami, e podemos parcelar, e adquirir um carrinho adequado à cada fase e à cada situação... Para nós que viajamos muito com eles, isso é muito bom. 

4. Vale a pena?


Depende. Se você não tivesse indo, iria comprar um carrinho no valor do escolhido? As vezes na festa do enxoval americano, compramos muita coisa que não compraríamos se estivéssemos comprando aqui. E aí o barato sai caro e a economia é relativa...

Depende também da bagagem. Quando você fizer a lista, se o carrinho for prioridade na bagagem, você pode deixar de trazer um item cuja economia é certa (por exemplo, os ginásios musicais e tapetes tipo "mats", que custam MUITO mais no Brasil e não tem similares nacionais...). Pagar a caixa do carrinho por fora custa mais 200 reais pela caixa, a depender da companhia aérea. É preciso avaliar bem.

O meu carrinho entrou na cota de Heitor, não contou como bagagem nossa. Aproveitei para trazer algo que sabia que ia me ajudar e que não encontraria por aqui. E fiquei feliz.

No final, isso é o importante. Você e o bebê ficarem felizes e confortáveis. Pouco importa se o carrinho comprado é a Ferrari ou o Volvo dos carrinhos. Selecione, anote as características, para não acabar com um objeto que não pode ser guardado em lugar nenhum da sua casa, ou pesado demais para que você possa usar sem acabar na fisioterapia. De resto, confie nos seus instintos, confie na vozinha que fala no seus ouvidos que o carrinhos daquele bebê é aquele. Não existe carrinho perfeito, você não estará perfeitamente satisfeita. Mas o carrinho é certamente o item mais presente nas nossas vidas, quando bem escolhido!
E eu, de coração, espero ter ajudado um pouquinho para essa escolha feliz!
Desejo muitos passeios felizes e um DOCE DIAS DAS MÃES!

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Enxoval nos EUA X no Brasil

PARTE I: carregadores, cangurus, slings e afins!


Inicialmente a intenção era fazer apenas UMA postagem, um pequeno guia com dicas para quem vai fazer seu enxoval nos Estados Unidos...

Não deu.

Dividi (por enquanto) a postagem em três partes, e vou tentar publicar as três partes durante essa semana... Ao invés de começar do grosso, decidi começar pelas "pequenas coisinhas complicadas", como o carregador do bebê ou o carrinho. O carrinho será o próximo (não percam!!!).

1. O primeiro filho e seus carregadores Brazucas...


Adoro carregadores, por dois motivos: 1, porque sou agitada e preciso das minhas mãos o tempo todo e 2, porque não tenho muitos parentes e auxiliares por perto para segurar o bebê "um pouquinho"...

Meu primeiro carregador foi o "canguru-mais-barato". Era um canguru cruzado nas costas, utilizável, segundo o fabricante, até os 12 meses (ou seja, 9 kg).
Além de não ter apoio na cintura, na região lombar, o canguru é muito baixo...

Porque ele não deu certo: primeiro, ele apoiava-se nos meus ombros e entre as omoplatas, mas não tinha apoio na cintura. Com isso, depois de um tempo ele começou a forçar a minha já castigada lombar. Além disso, os tais 9 kg é atingido pela maioria das crianças BEM antes dos 12 meses, e mesmo o Heitor, que atingiu exatamente aos 11 meses, já não cabia naquela pequena estrutura.

Antes que ele quebrasse a minha coluna ao meio, comprei um sling... A minha experiência foi maravilhosa com o sling, ainda que eu, admito, não soubesse muito usá-lo nos primeiros meses...

Nesse post, falei sobre a experiência de Heitor com o sling!
Esse sling de tecido é o ideal para os primeiros meses, pois o tecido é firme para apoiar bem a coluna. Eu achei incômodo usar no calor... Torrávamos os dois.

Por isso, quando ele ficou maiorzinho, comprei o sling de malha. Ele não serve, na minha opinião, para os primeiros meses (a malha estica, e a cabeça do bebê não fica bem firme), mas se o pescoço já está firme, é bem mais fresco!

Com um ano!
O sling tem três grandes vantagens: a primeira é que são muitas possíveis posições, todas igualmente gostosas; a segunda é que ele, usado corretamente, não força a bacia do bebê, deixando-o na posição ideal,  com as pernas dobradinhas como uma rã, favorecendo o desenvolvimento das articulações dos quadris. A terceira é que, a depender da estatura e peso da criança, pode ser usado até os três anos!

Importante ressaltar que as argolas deve ser feitas de material super resistente, como alumínio ou inox, para suportar bem o peso do bebê.

A única desvantagem do sling é o peso em um dos ombros. Força um pouco.

E esses eram os carregadores de Heitor, todos comprados no Brasil! Chegamos agora ao nosso enxoval comprado nos EUA.

2. Enxoval de Ben em NY: escolhendo um carregador para uma lombar em frangalhos...


A verdade é que a coluna da mãe de segunda viagem é sofrida... Depois de carregar o peso daquela criança por 2, 3 anos, muitas vezes grávida (oooh, quero encontrar a MÃE que negou colo para o primogênito com a frase "desculpe, filho, recomendações médicas!), você está escaldada: não fará mais economia com a sua coluna querida!

Sob essa máxima, corri para comprar o melhor e mais caro canguru que encontrei na Big Apple: O Miracle, da Babyjorn. Esse vídeo me ganhou completamente:




Ele deu super certo por um tempo. Depois Ben começou a reclamar, passamos ele para a posição "de frente" e ele voltou a amar...

Ele dormiu bastante no canguru aguardando o voo e a conexão.
Essa é a atual posição favorita dele no canguru!
 Muitas críticas são feitas à essa posição "de frente" - porque o ideal é que a coluna do bebê fique curva, como um C, e não ereta, evitando estímulos diretos às coluna. Tenho evitado usar assim por conta disso.

O Sling de Heitor foi bem herdado, também.


Essa é a nossa experiência. Como mesmo uma mãe viciada no Google ERRA, vou dizer quais os carregadores que HOJE acredito serem os mais indicados.

Não me entendam mal, ADORO esses carregadores e super recomendo eles. Mas há outros carregadores com outras características que podem ser mais adequados à situação de cada mãe. Vamos a eles.

3. Bons carregadores para comprar nos EUA.


Pesquisando um carregador que tivesse características semelhantes para uma amiga, encontrei esse da Infantino, que parece ter vantagens em relação ao meu Babyjorn:

Infantino Flip Front 2 Back Carrier, disponível no Amazon.
Achei esse canguru com um preço ótimo (U$ 23,99 no Amazon), e vai de 3.6 a 14.5 kg (uma criança de 3 anos costuma ter esse peso!). Ele tem as três posições (nas costas dos pais, na frente dos pais virado de costas e de frente). Além disso ele tem o apoio na cintura, para suporte da lombar.
Infantino Union Ergonomic Carrier, também disponível no Amazon.

Esse canguru da Infantino acima custa menos de 30 dólares e lembra um Mei Tai, que é um carregador tipicamente oriental. Ele tem duas posições (na sua frente e nas suas costas), e a melhor parte: vai de 3.6 a 18.14 kg!! Pode levar seu grandão feito mochila! Mas a maior vantagem dele é que as costas do bebê permanecem curvas, conforme recomendação médica. Da mesma forma, as pernas ficam abertinhas, na posição de rã.

Essa opção é muito usada, e muito recomendada nos EUA e nos mochileiros em geral. A marca é ERGOBABY, e apesar de ser mais caro, não encontrei um usuário insatisfeito!

ERGObaby  Original Baby Carrier. No Amazon.

Vai de 3 a 18 kg - até os 3 ou 4 anos da criança... É leve e tem um bom apoio na cabeça, diferente do Infantino. Tem um acessório que deixa a parte interna mais quentinha e acolhedora, esse acessório aqui.

Se eu tivesse que arriscar hoje, arriscaria no Ergobaby ao invés do Infantino. Só pelo apoio do pescoço, já que usei com o Ben desde muito cedo (viajamos de volta quando ele tinha só 40 dias). Também levo muito em consideração os reviews nos sites americanos, e achei válido um comentário no Amazon (Ariel Meadow Stallings) em que o consumidor dizia mais ou menos assim: que o Infantino não é tão confortável quanto o Ergo, não é tão ajustável (conta de um amigo alto que estava frustrado porque a faixa da cintura ficava acima dos seus quadris, deixando todo o peso da criança nos seus ombros), e  considera que apesar do tecido sintético ser mais fácil de limpar, não é tão bonito nem macio contra a pele do bebê. E termina: "A Ergo é uma indústria líder por uma razão". É para pensar...

Há também diversos carregadores adequados APENAS para meninos mais velhos, de 1 a 3 anos... Mas vou guardar esse para a futura postagem sobre o que comprar para os filhos "toddler" nos EUA (Aguardem!).

Não posso deixar de mostrar e falar sobre esse carregador aqui:
Chicco Smart Support Backpack, na Amazon.

Bom, ele tem "apenas" 3.18 kg, carrega crianças até 43.5 kg (isso mesmo!), tem proteção contra chuva, excelente apoio lombar.

Por outro lado, pesquisei muitas fotos dele e não encontrei nenhuma que mostrasse ele menor do que isso. Ou ele não fecha, ou não faz tanta diferença quando fecha..

Para MIM, em especial, não faria sentido adquirir um carregador assim. Eu precisava de algo leve e dobrável, que pudesse ser levado no carro, na mala e até na bolsa. Fácil de vestir, rápido de colocar o bebê e que só precisasse de uma pessoa para por a criança ali.

Por outro lado: mochileiros e trilheiros... Esse é o seu carregador de bebês ideal! 

Eu falei das vantagens do Sling e do Mei Tai, mas não detalhei muito sobre adquiri-los nos EUA. Explico no item seguinte.

4. Vale a pena?


A verdade é que ainda sou fã de carteirinha dos slings, wraps e mei tais. Não recomendo comprá-los nos Estados Unidos, apenas porque costumam ser mais caros que os brazucas - e olha que minha pesquisa foi feita nos sites mais recomendados! O Wrap no Amazon está em média 40 a 50 dólares; o Mei Tai, sai por 90 dólares.

Para conhecer e comprar o Mei Tai, o Wrap (que tem a vantagem sobre o sling de distribuir o peso nos dois ombros...) ou o Sling, recomendo o Sampa Sling, clicando aqui.

O meu Sling de malha é da Fibrasca. É vendido em diversas lojas. Fica entre 50 e 70 reais. O de tecido custou 65 reais, em uma liquidação.

 Minha dica é: se você vai viajar para fazer o seu enxoval, e sabe (como eu sabia) que vai precisar de um carregador, avalie a possibilidade de trazer um canguru. Eles, sim, são mais caros no Brasil do que lá fora, e por isso valem a compra. Caso tenha decidido usar os carregadores de tecido ou malha, pode aguardar o bebê nascer e escolher aquele que possivelmente ficará mais adequado à sua rotina e ao temperamento do seu bebê.

Para saber se vale a pena ter esse item, seja trazido de fora ou comprado aqui, primeiro é preciso imaginar qual será a rotina com o bebê: vou precisar sair com ele antes dos 3 meses? Precisaremos viajar? Farei supermercado sozinha com o bebê? Passeios ao ar livre sem o carrinho? Precisarei de um carregador depois dos 9 meses? E dos 12 meses?

Leia bem a descrição de cada carregador e o que dizem as pessoas que usam. Não desista nos primeiros usos, pois todos têm um período de adaptação!

Caso opte por comprar algum carregador fora, lembre-se que nem sempre é possível encontrar AQUELE que você pesquisou nas lojas. Assim, compre com antecedência em sites americanos como Amazon e Target, entregue no hotel e solicite que eles guardem o item (isso é comum em muitos hotéis americanos).

Assim que recebê-lo, coloque no seu corpo e tente testá-lo com algo pesado (li em algum lugar uma sugestão de testar com um saco de alimento de 5 kg, é uma ótima ideia!), imaginando o bebê ali. Foi assim que eu descobri que o carregador que comprei não apoiava bem o pescoço, e acabei trocando pelo outro. Deu tempo!

Finalmente, digo a vocês que não há coisa mais gostosa no mundo do que carregar seu filho colado ao seu corpo, como se estivesse de volta dentro de você. Carregadores não machucam o bebê, e quando bem ajustados ao seu corpo e ao dele, são bastante confortáveis. Lembrem-se, foi assim que vocês andaram por nove meses. E matar essa saudade, não tem preço...

Em breve, falando sobre carrinhos de bebê: no Brasil e nos EUA.